Ácido, louco, polêmico! Entre outros diversos adjetivos pejorativos, esses são alguns dos mais utilizados para descrever, João Luiz Woerdenbag Filho, o Lobão. Jovem carioca de classe média alta, Lobão nasceu e foi criado em um mundo aonde a sua realidade não era condizente a sua personalidade. Amigo inseparável de Cazuza, Lobão detém um histórico digno de um rock star internacional, ao menos ao que se pode dizer em ideologia. Sexo, drogas e rock and roll sempre fizeram parte integrante de sua “vida louca vida”.
Toda essa sua diferente história tem ganhado repercussão nacional com sua recente e polêmica biografia – Lobão, 50 anos a mil – que por sinal é uns dos livros mais vendidos atualmente. Logo em suas primeiras páginas já é possível sentir toda a enorme explosão de loucos sentimentos, característicos de Lobão. Intelectualizado, politizado e sem papas na língua, ele se tornou ícone da música brasileira, por ser autêntico, não fazer tipo, criticar, debater e não pensar duas vezes antes de expressar suas opiniões. Como ele diz, “o importante é ter opinião e botar pra fora”. Em quase 30 anos de carreira, foram muitas e muitas opiniões que lhe renderam críticas, brigas e desavenças com diversas personalidades do show business.
Na última semana, em entrevista á Rádio Pan, no programa do Pânico, Lobão detonou todo o aculturamento da atual música brasileira e destruiu sem dó, nem piedade o momento “Teen’ que passa atual geração jovem brasileira. Sobraram maus elogios, ao melhor estilo Lobão, para Luan Santana, Restart e Fiuk, o qual foi chamado de bundão. Como quase tudo que fala é polêmica, defensores ferrenhos dos atacados, contra-atacaram via twitter, apoiando os “pseudos ídolos teens”, e criticando muito Lobão.
O estilo “modinha” do momento, o Sertanejo Universitário (Sertapop), também ganhou um pitaco ácido “a lá Lobão”, que disse: “Quem escuta isso, é por que deve ter uma cicatriz no cerebelo”.Diante disso eu replico: - Ainda bem que você, não mora aqui meu amigo! No sul do antigo Mato Grosso, por que senão já teria enlouquecido ainda mais, se é que isso é possível se tratando de Lobão.
Bom ou mau, certo ou errado, temos que convir, não é fácil ser o Lobão e estar à 30 anos sendo um paradoxo na opinião alheia. Sucesso Lobão!
João Caetano, músico/compositor,
líder da banda Surfistas de Trem,
formando em Economia e colaborador do JR.
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