30 maio, 2006


Porque ajudar?


Quando pedimos ajuda para o GAPP (Grupo de Apoio às Pessoas Vivendo com HIV), não é no intuito a autopromoção e sim de bem utilizar um espaço que me é de graça. Está certo que muitas vezes pago um alto preço por escrever neste matutino, mas isso é problema de ordem subjetiva e não convém trazer à tona divergências pessoais deixando de lado o interesse da comunidade.

Barato não é de graça

Tudo que for barato não será de graça para quem não tem nada, de nada adianta alguma coisa custar pouco para quem nada tem. É o caso do GAPP, que mesmo com a declaração de utilidade pública, ainda tropeça em vários obstáculos que a burocracia do nosso País impõe, principalmente, aos menos privilegiados pela sorte.

Porisso o convite ao leitor na semana passada. O GAPP precisa de voluntários porque o inverno se aproxima e a dor do frio se intensifica com fome. Seja voluntário apenas doando aquilo que pode lhe custar barato: uma lata de leite em pó, roupas usadas, ou qualquer coisa que seja de graça para as crianças portadoras de HIV.

Não tenha preconceito

A AIDS, como já amplamente divulgado não é uma doença, mas sim um conjunto de sintomas que infelizmente ainda leva a óbito muitos portadores do vírus. Nunca é demais repetir que ao sermos preconceituosos com as crianças aidéticas estaremos agindo como o Poderoso Napoleão Bonaparte, que ao ver seus soldados pestozos, determinava que lhe abreviassem a vida. Sejamos, pois, como o menos famoso contemporâneo do Imperador, o médico Degestenes que desobedeceu a ordem emanada do déspota, recusando-se a matar os soldados doentes, dizendo: “O meu dever não é o de apressar a morte, ao contrário, é de conservar a vida”.

Convite

Seja voluntário do GAPP, doe qualquer coisa mesmo que seja um pouco de atenção. Algumas crianças se encontram abrigadas no GAPP, outras graças a Deus estão com suas famílias. Telefone para 3431-7671 em horário comercial, fale com Ana e deixe seu endereço, teremos o maior prazer em buscar as doações.

Força nacional

Enquanto a mídia mostra à população em que condições se encontram os presídios de todo o País, o Governo está nos mandando 200 homens da chamada Força Nacional de Segurança, não para conter a desordem, nem para auxiliar os agentes penitenciários, estes sim, heróis a nos proteger de bandidos perigosos, mas sim para combater o crime “pela raiz” nas palavras do Coronel Ivan Comandante Geral da Policia Militar.


Desvio de finalidade

Serão gastos R$ 1.200,000 reais em diárias para manter por dois meses os 200 homens da força nacional de segurança.
A pergunta que não quer calar, seria para ajudar a conter os motins e promover segurança nos presídios para que a população ordeira circule livremente? Não. Virão para a fronteira para afugentar os bandidos e trazer constrangimentos aos cidadãos de bem.

Sabedoria

“Muitas vezes odiamos alguém gratuitamente, antes mesmo de conhecer suas supostas qualidades. Às vezes esta aversão se volta contra pessoas eminentes. A sabedoria deve corrigi-la, pois não há pior descrédito que odiar as melhores pessoas. Assim como é admirável ter simpatia pelos heróis, é uma vergonha tratá-los com antipatia” (Baltasar Gracián).

Agradecimentos

Agradecemos aos leitores que são a razão do sucesso desta coluna, Sr Edílson Saccol, gerente da Medianeira, Assessora Parlamentar Amalin Abdalla, Sr. Luiz da Panificadora Frutal, Paola Azambuja Rodrigues, Karen Couto Fraga, Gracy Rojas, Sra. Ovídia e Pedro Ribeiro, Sérgio Kawasoko de Sanga Puitã, Adriana Nascimento do Ipê II, Delegado Clemir Vieira Junior e Dr. Valdir Siqueira Pinto, Diretor da Agetran que está conduzindo seu trabalho com a seriedade que lhe é peculiar. Obrigada.
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