14 setembro, 2006

Entrevista concedida ao Jornal da Praça

Entrevista concedida ao Jornal da Praça pela candidata a Presidência da OAB 5ª Subseção de Ponta Porã

JP: Porque a senhora deseja ser presidente da 5ª Subseção da OAB/MS?

Eliz: Como minha candidatura não é fruto de uma vaidade particular, mas sim do desejo de colegas de vários seguimentos da advocacia que conhecem minha trajetória de vida e desejam que eu os represente nessa difícil tarefa de resgatar a dignidade e o respeito que a nossa classe merece, me coloquei a disposição de todos os advogados da comarca. Meu desejo não difere do desejo dos meus colegas advogados que é o resgate da credibilidade de nossa classe perante a sociedade.

JP: Há quantos anos a senhora exerce a profissão de advogada e qual é a sua capacitação profissional para gerir a 5ª Subseção de Ponta Porã, localizada em fronteira sabidamente problemática?

Eliz: Há 10 anos tenho o privilégio de ser advogada. Minha capacitação provém da conduta profissional, do amor à advocacia, do trabalho diário, das petições, do trabalho voltado à comunidade em que nasci, do respeito aos colegas e do espírito de companheirismo, v.g. se for eleita presidente da 5ª Subseção, imediatamente entrarei em contato com minhas colegas, ora adversárias, para trabalharmos pela Ordem. Não sou divisionista, pelo contrário, quero unificar e fortalecer a Ordem dos Advogados em Ponta Porã. Também, durante a campanha tenham certeza que não espalharei boatos sobre eventuais desistências de outras candidatas e as convidarei para todas as reuniões, principalmente, para o lançamento oficial da campanha, fato que deverá ocorrer no início de outubro.

JP: Uma corrente, composta dos mais brilhantes advogados do País não advoga esse tipo de eleição atual, sugerindo que os advogados deveriam votar apenas para um candidato a presidente e vice e em um para conselheiro. Nesse caso o conselho seria formado por candidatos avulsos, desvinculados de “chapas”. Qual a posição da senhora sobre esse assunto?

Eliz: Comungo das mesmas idéias da corrente mencionada, porque estamos falando de advogados, profissionais formadores de opinião e que já não aceitam o chamado “voto de cabresto”.

JP:É difícil montar uma “chapa” para entrar na disputa pela presidência da Subseção? Por quê?

Eliz: Não houve dificuldade, pois a “chapa” está formada por advogados de vários setores da advocacia que se propuseram a trabalhar pela classe.

JP:Os membros das “chapas” são escolhidos pela sua experiência profissional, saber jurídico ou por outro tipo de relação, tal como amizade, simpatia ou grupos de interesse comum?

Eliz: Não posso afirmar nada sobre as outras chapas. Já com relação à nossa posso dizer que os membros foram escolhidos naturalmente pela disposição em trabalhar pela classe. Não somos apoiados por nenhum grupo, nossa candidatura não foi imposta por ninguém. Criamos uma “chapa” independente como deve ser todo advogado.

JP:No seu entender qual é a função primordial da Ordem dos Advogados e, mais especificamente, da Subseção?

Eliz: É a valorização do advogado. Se for eleita, em minha gestão o advogado não será posto para fora dos gabinetes dos juízes injustamente. Nunca mais o advogado tomará “chá de cadeira” em delegacias sem que a autoridade que agir injustamente seja representada junto aos órgãos superiores. Além do que nossa diretoria não tomará medidas autoritárias, pois pretendemos formar um conselho consultivo composto por pelo menos 11 advogados de notável saber jurídico e com representatividade de todos os escritórios para que não tomemos decisões unilaterais. Não quero com isso dizer que seremos subservientes, mas também não seremos autoritários. Na minha gestão a 5ª Subseção será de todos os advogados.

JP: A senhora gostaria de fazer alguma observação, suprindo, assim, alguma questão que não lhe foi endereçada?

Eliz: Todas as perguntas foram pertinentes e bem colocadas. Não há nada a acrescentar na entrevista.

JP: A senhora está vinculada a qual “chapa” para eleição do Presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul?

Eliz: Apoio e voto em Fábio Trad, mas não imponho isso aos demais companheiros de “chapa”, até porque pertenço a uma classe que luta pela liberdade e tenho o maior orgulho em ser advogada é isso que quero passar para todos, principalmente para os mais jovens: Como é bom ser advogado.

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