06 outubro, 2010

coluna falando serio

NÃO DEU


Para a candidata petista levar no primeiro turno, como apontavam todos os institutos de pesquisa. Com 46,90% dos votos válidos, Dilma Rousseff vai enfrentar José Serra, que obteve 32,61% dos votos. Atribui-se o resultado à votação expressiva da candidata do Partido Verde, Marina Silva, que teve quase vinte milhões de votos. Marina, aliás, será decisiva neste segundo turno. Ela disse que vai conversar com os correligionários e em assembléia deverá decidir democraticamente onde aporta.

DEU

Já para o atual governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, a eleição foi considerada tranqüila e correu tudo dentro das previsões. Venceu o petista Zeca do PT logo no primeiro turno. Na sua primeira entrevista, disse que o nosso Estado será entregue daqui a quatro anos, muito melhor do que agora. E claro, não podia deixar de alfinetar o arquirival, na entrevista ainda no TRE, disse que o petista dificilmente enfrentará alguém nas urnas de novo, depois de cinco derrotas. A conferir.

SENADOR

O senador galã Delcídio do Amaral reelegeu-se com absoluta folga ao senado. Ele conseguiu a proeza de fazer mais votos que o governador reeleito. E na sua primeira entrevista, já mandou o recado, eis que, devido à votação recebida, está sim na disputa pelo Parque dos Poderes em 2014, insinuando inclusive que o também eleito senador Moka, é uma das possibilidades para ser o seu vice.

PMDB-PT

E por falar em Parque dos Poderes, com a aliança nacional do PMDB e do PT, o cenário para a próxima disputa fica uma incógnita, já que o atual prefeito de Campo Grande, Nelson Trad – PMDB – deixa bem claro a todos a sua pretensão de ser o sucessor de André Puccinelli. Será uma disputa de titãs, mas até lá, muita água passa por baixo da ponte.

SEM NINGUÉM

Ponta Porã, para variar um pouco, ficou sem representantes. Com quase 54 mil votantes, não conseguiu eleger nem um deputado. Os analistas de plantão estão com o mesmo discurso de outras eleições: muitos candidatos e candidatos de fora jogaram água em qualquer pretensão local. É uma pena, pois, mais uma vez, ficamos a ver navios e vamos depender da boa vontade dos que conseguiram se eleger para lembrar da nossa querida Princesinha dos Ervais na hora da destinação de verbas.

2012


Diferente das últimas eleições municipais, onde a maioria dos eleitos já possuía mandato, em 2012 é bem provável que tenhamos muitas caras novas na disputa pela prefeitura. Na Câmara Municipal, são muitos que já estão ensaiando disputar uma das quinze (talvez dezessete) cadeiras. E parece que a juventude vem com muitos nomes. Entre os jovens que desejam encarar a disputa, muito já tem grupo. Os que ainda não tem já estão buscando abrir o seu espaço. É isso aí, está na hora de mudança e a torcida é que realmente a juventude pontaporanense entre de corpo e alma no cenário político.


GRUPO

Política não se faz sozinho em nenhum lugar neste planeta. A idéia de grupo, ao menos aqui em Ponta Porã, sempre esbarrou em motivos pessoais para não se concretizar. Com mais o exemplo destas eleições, ficou claro que enquanto o ego e a individualidade forem decisivos em termos de união, não chegaremos a lugar algum e sempre estaremos privilegiando os que não tem base eleitoral aqui. É chegado o momento dos “caciques” começarem a dar exemplo de que a união voltada para a nossa Ponta Porã é possível. Basta querer.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos leitores e colaboradores que são a razão do sucesso desta coluna, em especial ao Douglas e Eduardo Terentim da Floresta Materiais para Construção e Madeiras; Juliana Frediani Tirelli e Antonio Marcos Mattos, além dos aniversariantes de amanhã, Dra Luciana Torres; Michelly; meu irmão Luiz Henrique e Nelson Neto e Noêmia Bortolatto dia 10/10. Obrigada. Semana que vem tem mais.

Comente esta coluna na internet através do blog: http://www.faloserio.blogspot.com, dos sites de noticias www.mercosulnews.com, www.diariopora.com.br e www.noticiasdeponta.com Email: elizjpp@hotmail.com.

04 outubro, 2010

EU JA SABIA

* ELIZ SALDANHA

Frase bastante utilizada nos jogos de futebol quando um time é campeão, sempre tem um torcedor que levanta um cartaz com esses dizeres: eu já sabia.

De tão comum que é ver a frase acima estampada em faixas, cartazes e que é sistematicamente exibida pelas emissoras de televisão, nos estádios, ao final de uma partida, cujo resultado já era obvio, passou a ser utilizada nas piadas realizadas pela oposição, apenas para mostrar o que já estava escrito, maktube. E que todos estavam cientes do resultado final. Da verdade nua e crua - que escrevo sempre em petitórios do meu oficio, resta dizer que é sim a verdade, tal qual a baleia que sobe sempre à tona para respirar.

Mas não é sobre o futebol que desejo escrever, quero sim discorrer sobre a política e sorrateiramente dizer aquilo que já sabia: Ponta Porã não elegeria nenhum deputado, principalmente após a cassação de registro do candidato Chico Gimenez. Não quero ainda dizer com isso que só o Gimenez tinha condições de se eleger. Nada disso. Penso que nem mesmo ele se elegeria. Com isso, também não pretendo traçar o perfil dos demais candidatos.

A idéia é mostrar aquela velha tese que foi defendida por varias pessoas em especial pelo prefeito Flavio Kayatt, sobre a divisão de voto e suas implicações em deixar Ponta Porã, novamente sem representantes legítimos. Tanto na Assembléia Estadual quanto na Câmara Federal.

A Princesa dos Ervais não elege seus próprios deputados, em virtude da profusão de candidatos. E mesmo que a vontade dos eleitores fosse eleger um pontaporanense havia muitos candidatos, fato que pulverizou os votos.

E o outro dado, que corrobora essa minha tese, é que do total de eleitores pontaporanenses, talvez 80% pretendiam votar em candidatos locais, o que faria esse total cair para certo número de votos, que multiplicados pelos índices de cada um nas pesquisas, não garantiria o coeficiente para nenhum deles. Isso é matemática e a regra é clara. É o tal 2+2=4. Punto e basta!

É certo que inicialmente alguns políticos estiveram propensos a formar alianças, porém outros não agiram de forma coletiva, apenas de acordo com suas vaidades e ambições pessoais, ficando só no tal blá blá blá. E deu no que deu. É assim que as grandes promessas se transformam nas maiores derrotas pessoais. Para tanto basta lembrar-se daquele político que insistiu em não terminar os mandatos (deputado estadual, prefeito e deputado federal) ou daquele outro, simples e cativante, que uma vez no poder cercou-se de pessoas descomprometidas com o progresso de Ponta Porã e desde então não se elegeu mais. Na verdade, ambos não se elegem

Voltando ao presente, o que existiu neste pleito foi uma profusão de grupos. O grupo do prefeito Kayatt, o grupo do Chico Gimenez, o grupo do PT, o grupo do Álvaro Soares, este (o candidato) que tropeçou no caminho ao ousar propalar que era o único candidato com chances reais de se eleger. Nada disso.

Chances tiveram todos os candidatos, principalmente aqueles que não achincalharam a moral de ninguém, apresentaram boas propostas, não foram truculentos, nem negaram os apoios recebidos, nem disseram que não poderiam ser vistos com este ou aquele cidadão que lhe apoiava para que não tivesse sua honra(?) manchada, não trataram seus apoiadores pelas costas como leprosos. Com isto não estou afirmando que algum candidato tenha praticado tamanha ingratidão. Nada disso.

Ademais, não sou o Eleandro Passaia, não gravei a conversa de ninguém, apenas presenciei e ouvi e o que está gravado em minha memória e divido com o leitor.

Assim, para quem acende uma vela para Deus e outra para o diabo, restou a lição sábia das urnas: Água e vinho não se misturam. É preciso ouvir a população, possuir bom comportamento social, é preciso comprometer-se verdadeiramente com o coletivo deixando de lado projetos individuais e, sobretudo, ser humilde para só então recomeçar, afinal, assim é a vida, um eterno recomeço.

*Advogada, articulista do JR e torcedora fanática por Ponta Porã, entristecida em levantar este cartaz, mas sinceramente, EU JÁ SABIA!
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