05 dezembro, 2006

Entrevista concedida ao Jornal da Praça

ENTREVISTA - ADVOGADA ELIZ SALDANHA FRANCO



“O advogado é uma autoridade no campo jurídico”

Presidente eleita da 5ª subseção em Ponta Porã fala sobre o desempenho da profissão e a missão à frente da entidade

Eleita presidente da 5ª subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Ponta Porã, a jovem advogada Eliz Saldanha Franco tem uma importante missão pela frente, juntamente com toda a diretoria eleita. Resgatar a valorização do advogado e principalmente, restabelecer a força da entidade a nível municipal. Nesta entrevista especial concedida ao JORNAL DA PRAÇA, a presidente, que toma posse dia 1º de janeiro de 2.007, fala das perspectivas do seu mandato e sobre a atual realidade vivida pela categoria em todo o país.


JORNAL DA PRAÇA – A senhora acaba de ser eleita presidente de uma entidade forte e representativa no país. Em Ponta Porã, a OAB sempre teve uma participação discreta na sociedade. O que pretende fazer para mudar esse quadro?


Eliz: sim, fui eleita no último dia 17 de novembro um dia antes de completar 40 anos recebi um presente que pedi aos meus colegas, presente este que gera muita responsabilidade, muito ônus, poucos bônus, haja vista que não se trata de cargo remunerado. Mas senti que era chegada a hora de retribuir com participação ativa a Instituição que só me trouxe alegrias e cujo trabalho dá frutos que ajudam a sustentar meus filhos.
Quanto à participação discreta, me permita discordar do senhor, pois a Ordem sempre teve grande participação na sociedade pontaporanense, tivemos excelentes Presidentes que não gostaria de nominar para não ser injusta com alguns, mas é importante que se mencione que aos poucos a OAB em Ponta Porã foi enfraquecendo até se tornar “discreta” demais não só para com os advogados como também para a própria sociedade. Para mudarmos esse quadro estaremos atentos aos problemas locais atuando sempre que necessário na defesa da paz e na solução dos conflitos.
Estaremos ainda em constante diálogo com as autoridades constituídas, principalmente, delegados e juízes da Comarca, buscando um bom relacionamento entre estes, os advogados e a sociedade. Também criticaremos quando necessário àqueles que retardam decisões ou, eventualmente, ajam com abuso de autoridade. Críticas sempre construtivas, jamais contra suas decisões, ou seja, quanto ao seu convencimento, porquanto, fruto de seu direito de decidir.
Por se tratar de área de fronteira, já entramos em contato com vários advogados do país vizinho, através do Presidente do Colégio de Advogados da Província de Amambay/PY, Dr. Oscar Laterza, no sentido de restabelecer o convênio de reciprocidade entre os advogados de ambos os países.
A Subseção de Ponta Porã, a exemplo da Seccional estadual estará trabalhando continuamente para a união entre todos os advogados. A 5ª Subseção será de todos os advogados e não permitiremos desmandos de qualquer ordem. Com isso não quero dizer que serei ditadora. Nada disso, mas também não serei subserviente e essa é a idéia da chapa eleita assim como dos Presidentes das Comissões que irão compor a nossa gestão. Importante ainda mencionar que como não houve barganha de Comissões em troca de votos, apenasmente serão mantidas as Comissões que efetivamente atuarão no âmbito desta Comarca.


JORNAL DA PRAÇA – A OAB sempre teve uma participação decisiva e de ´peso´ no cenário político nacional. O presidente eleito no Estado, advogado Fábio Trad, que compôs a sua chapa em Ponta Porã, defende uma entidade apolítica. Como pretende trabalhar o papel ´político´ da subseção?


Eliz: A OAB é uma entidade apolítica que defende os interesses da classe e da sociedade em geral. O Dr. Fábio Trad defende uma entidade apolítica no sentido “político partidária” e não apolítica na defesa de interesses corporativos e institucionais. O que aconteceu nessa campanha em Ponta Porã foi que houve, realmente, de fato uma tentativa de campanha político-partidária. Não vingou. Sabe por quê? Porque estamos diante de profissionais liberais e formadores de opinião, que não se deixaram levar por qualquer resquício de coronelismo. A chapa eleita foi vitima de constrangimento público, inclusive, através de missivas subscritas. Isso só nos fortaleceu, pois faremos uma gestão descentralizadora e tomaremos a atitude única de unir a classe, quebrar barreiras, desafiar convenções, diminuir diferenças, extinguir preconceitos e combater discriminações como bem disse a Dra. Maria Carolina em recente reunião de mulheres advogadas na capital.


JORNAL DA PRAÇA – Nos últimos meses, entrou na pauta da OAB nacional o fato de advogados estarem ligados ao crime organizado. Na sua visão, o advogado é ´cúmplice´ do seu cliente ou é um profissional a serviço dos interesses desse mesmo cliente? Até que ponto a atividade do advogado o compromete nestes casos?

Eliz: É verdade, estamos sendo rotulados de bandidos, porque alguns “advogados” se desviaram para o caminho do crime organizado. Tal fato, é de sabença notória e repercute negativamente na sociedade em que vivemos. Mas com o devido respeito, este raciocínio é incorreto e não pode prosperar sob a argumentação de que o advogado seja cúmplice de seu cliente, razão pela qual nós pretendemos resgatar a credibilidade e a confiança do advogado que é autoridade e como tal deve ser respeitado, o que faz com que a OAB esteja sempre presente e a 5ª Subseção atuará de forma austera e até mesmo “indiscreta” se for o caso.
O senhor indaga: Até que ponto a atividade do advogado o compromete nestes casos? A resposta é lógica pois a incompreensão sempre nos fez companhia e o conceito público da profissão varia de acordo com o momento em que vivemos. Atualmente o que provoca a ira pública contra o advogado é a má imprensa, que sói de forma proposital nos confundir com o cliente se esforçando para passar a imagem de que somos seus cúmplices e não defensores dos direitos constitucionais e processuais do acusado. Sr. Monfort, a natureza do crime não importa para nós, o que importa é o direito que tem o homem e a mulher à uma defesa justa e a um processo legal, pois qualquer cidadão pode ser acusado, porém, é inocente até o julgamento final. E a imprensa deve aprender a respeitar o principio constitucional da presunção de inocência.
A bem da verdade qualquer profissional do direito que se envereda para o caminho do crime deixa de ser advogado porque é imediatamente punido pelo Tribunal de Ética e lhe é cassada a carteira, mas vale dizer que são poucos os ditos cúmplices.
O advogado, o profissional probo, idealista não compromete sua atividade, não se desvia, não se torna cúmplice do crime organizado. Nós sabemos o nosso valor. E isso nos basta. Embora saibamos que apenas somos valorizados por aqueles que necessitam de nosso trabalho, mas mesmo assim, em muitos casos, a ingratidão nos acompanha, pois findo o processo somos esquecidos.



JORNAL DA PRAÇA – Na campanha estadual, a eleição foi marcada por acusações entre os principais candidatos, como compra de votos, fraudes e até mesmo de irregularidades perante a legislação eleitoral da Ordem. Isso não acaba desgastando a imagem do advogado perante a sociedade?

Eliz: Permita-me discordar de qualquer afirmativa nesse sentido, haja vista que em qualquer disputa eleitoral acusações desse teor poderiam desgastar apenas a imagem do candidato, mas como dito anteriormente, não se tratou de uma eleição político partidária. Guardada as devidas proporções a imagem do advogado perante a sociedade já está desgastada, cabendo a nós resgatá-la e esta foi uma das propostas da nossa campanha, com o resgate da credibilidade e das prerrogativas de nossa classe.

JORNAL DA PRAÇA – Como a senhora vê o alto índice de reprovação nas provas da Ordem? Muitos especialistas, defendem alteração no processo seletivo. Esse índice de reprovação atesta baixo nível nos cursos superiores?

Eliz: O exame da Ordem é estabelecido em Lei. E os advogados na defesa de seus clientes devem estar preparados. Veja o senhor que nas mãos dos advogados está a liberdade do ser humano, o que de mais importante o homem e a mulher possui, bem como seu patrimônio e sua família, se o advogado não estiver cem por cento preparado para exercer a profissão, obviamente estará colocando em riscos esses bens tão preciosos. Porisso sou totalmente favorável a uma prova que realmente demonstre a capacidade intelectual do advogado. Entendo também que o exame da Ordem é preparado por profissionais e mestres do direito. Se o índice de reprovação é alto talvez seja por culpa das Universidades e Faculdades de Direito que não preparam seus alunos como deveriam, pois as questões apresentadas nos exames representam o mínimo que o profissional deve conhecer do direito para exercer uma profissão digna da classe de advogados. Comungo, ainda, do pensamento de Fábio Trad que é a unificação do exame da Ordem para padronizar o acesso à Advocacia e a interação com as universidades e faculdades de Direito, o que permitirá ao recém-formado conhecimento amplo do aperfeiçoamento do ensino jurídico e o exercício da advocacia, diminuindo assim os índices de reprovação.
Gostaria de aproveitar a oportunidade para mais uma vez externar os mais sinceros agradecimentos pela confiança que nos fizeram vencedores nestas eleições.
Esta eleição fez nascer um grupo jovem com muita garra e vontade de trabalhar pelo ideal da advocacia sem esquecer de todos os advogados da Comarca e como bem disse o Presidente eleito Advogado Fábio Trad, “Passada a disputa, é hora de esquecer as feridas, olhar pra frente e lutar juntos pela advocacia”.









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01 dezembro, 2006

Dia Mundia de Combate a AIDS e ao Preconceito

Nivalcir Almeida

Um grupo de voluntários que atuam no GAPP- Grupo de Apoio às Pessoas Convivendo com o vírus HIV/AIDS está desenvolvendo nesta sexta-feira, Dia Mundial de Prevenção à AIDS, um trabalho de conscientização da necessidade da prevenção.Eles estão distribuindo material informativo sobre as formas de prevenir a contaminação e ainda preservativos.O principal objetivo, de acordo com a advogada Eliz Saldanha, é diminuir o preconceito em relação aos portadores da doença.Ela ressalta que o GAPP desenvolve um trabalho incansável de ajuda aos portadores do virus HIV e que é necessário o engajamento da sociedade.

(fonte site www.pontaporaemdia.com.br)

08 novembro, 2006

FALANDO SÉRIO

AGORA É PRA VALER

A Lei Complementar 033/2006 é de autoria do Prefeito Flávio Kayatt e foi aprovada pela Câmara na semana passada visa valorizar o contribuinte que por 4 anos consecutivos mantenha em dia suas obrigações para com a Fazenda Pública Municipal, mantendo seus impostos e taxas em dia e que não possuam nenhum débito inscrito na divida ativa neste período, premiando com bônus de descontos os bons pagadores.

Com o titulo de “Programa Tudo Azul”, a lei é do bem, pois oportuniza ao inadimplente a possibilidade de ficar quites com o Município e também ser beneficiado com os bônus a partir do ano que vem.

VEJA POR QUÊ

Aparentemente nada de incomum na Lei, pois a principio parece se tratar apenas de um programa de benefícios e parcelamentos como se faz todo ano. Mas o Prefeito foi mais além, visando beneficiar a todos que têm interesse em participar do desenvolvimento do Município, pois o que se vê no art. 3º é algo inédito e uma oportunidade única.

ANISTIA

A anistia na linguagem simplificada é o perdão que o Prefeito pode dar aos contribuintes inadimplentes, retirando ou excluindo as penalidades que foram impostas aos munícipes que por qualquer razão deixaram de pagar seus tributos.

Assim, aqueles que estão em débito com a Prefeitura receberão anistia a pagar suas dividas, inclusive as ajuizadas, com desconto de 20% do valor principal atualizado e exclusão de 100% (CEM POR CENTO) de juros de mora e multa, até o dia 11 de dezembro deste ano.

OPORTUNIDADE ÚNICA

É isso mesmo, oportunidade única de regularizar as pendências, ou seja, só não paga quem não quer, ou quem não gosta para depois ficar falando que não pagou seus impostos porque não via onde eram aplicados. Hoje a cidade está bonita, limpa e organizada e pode ficar melhor ainda, só depende de você.


RENOVAÇÃO CARISMATICA

O jovem Fabrício Romero, da Renovação Carismática está convidando para um retiro com o pessoal da “Canção Nova” nos dias 11 e 12 de novembro no Salão da Igreja Matriz São José. Ele aproveitou para informar sobre o programa de rádio as terças, quartas e quintas-feiras das 21 às 22h na Rádio FM 106,03. Agradeço o convite e vamos aparecer por lá. Todos nós precisamos de orações.

REUNIÃO DE ADVOGADOS

Segunda-feira passada, com um almoço de tirar o chapéu, divinamente preparado pelo Mestre Adão do restaurante Pousada do Bosque, sob o comando do simpático Nei Mendes, vários advogados foram recepcionados pelo Dr. Modesto Rojas, candidato ao conselho Seccional da OAB/MS. Pela segunda vez em Ponta Porã, o advogado Newley Amarilha, candidato a Presidência da Seccional pela chapa “OAB FORTE, ADVOGADO FORTE”, falou sobre seu programa de gestão e sobre a carta de reivindicações que apresentou semana passada ao Presidente eleito do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, Desembargador João Carlos Brandes Garcia, visando combater vários procedimentos que atentam contra o livre acesso à Justiça e as prerrogativas do advogado. Newley foi bastante aplaudido pelos colegas de Ponta Porã.

OTON NASSER


Que também é candidato à Presidência da Seccional pela chapa “OAB É A NOSSA POLITICA”. Assumiu um compromisso de lutar por eleições diretas na escolha dos indicados da Ordem para o quinto constitucional do Tribunal de Justiça. É que nos próximos três anos abrirão duas vagas para Desembargador do TJ/MS, que atualmente são advogados indicados por membros do conselho federal, deu para entender porque essa eleição está pegando fogo? Pois é, Oton quer que os futuros desembargadores sejam indicados por todos os advogados do Mato Grosso do Sul. Muito bom.

ENQUANTO ISSO

Só cresce a campanha de Fábio Trad, que está sendo muito atacado pelos adversários por pertencer a uma família tradicional. O nome de Fábio sobe vertiginosamente nas pesquisas por apresentar propostas inovadoras e responsáveis. Ele está certo, “enquanto falam mal, a gente trabalha com propostas baseadas no equilíbrio e nos ideais”. É isso ai, palavra de ordem, resistência aos ataques pessoais e muita serenidade nessa hora.

01 novembro, 2006

FALANDO SÉRIO

CURSOS NO SEBRAE

Sob a instrução do Professor Jayro de Souza, graduado pela UCDB, pós-graduando em Gestão Avançada de Recursos Humanos pelo INPG, Ex-presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos/MS, será realizado no período de 07 a 10 de novembro, Curso de Técnico em Vendas, direcionado a empresários e profissionais de vendas da região de fronteira.

Dando continuidade a sua programação de novembro, o SEBRAE – PAPP com a coordenação da bonita e competente Dra. Dixie Croskie, estará oferecendo também, entre os dias 21 a 24 de novembro o Curso “Atitudes Vão Além do Dever”, sob a instrução da Administradora Ana Carla Castello, formada pela FUCMT desde 1990, com curso de Formação de Auditores em Sistemas de Qualidade ISSO 2001/1994, realizado e reconhecido na Inglaterra pelo IQA. Esse curso é direcionado a todos os colaboradores de empresas envolvidos com atendimento direto ou indireto como o cliente. Informações pelo telefone (67) 3431-5555.

PNAFM

Alguns leitores nos pediram para explicar melhor o que significa a sigla PNAFM. Pois bem, se trata de um Programa Nacional de Apoio a Gestão Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros, que tem por objetivo principal apoiar o governo brasileiro, na busca da estabilidade macroeconômica por meio de um equilíbrio sustentável, fundamentado em uma política transparente e eficiente na gestão da receita e do gasto público municipal.
Em Ponta Porã, o PNAFM foi responsável pela reformulação na forma de execução dos serviços voltados para população, bem como a moderna reestruturação do prédio da Prefeitura de Ponta Porã, a aquisição de equipamentos modernos para serem utilizados nos diversos setores de atendimentos e execução de dezenas de cursos de qualificação para os servidores públicos municipais. (fonte: site oficial da Prefeitura de Ponta Porã)

TOLERANCIA ZERO

Ao que parece um assaltante foi morto em confronto com a Policia no inicio da semana, mas nem porisso a onda de violência diminuiu em nossa cidade que, está sofrendo até seqüestros como no caso em que fizeram refém o filho de um médico e mantiveram sua família em cativeiro por diversas horas.

A policia de Ponta Porã tem feito o que pode, mas quando eles vão para um lado da cidade os larápios atacam noutro. Está faltando policiais e a sociedade precisa cobrar isso de seus representantes na Assembléia Legislativa e na Câmara Federal. Se é que tem alguém nos representando.

Perguntar não ofende. Alguém sabe informar onde andam os famosos homens da Força Nacional? Pois é, tem gente até torcendo para que alguns réus famosos venham depor na Justiça Federal, só assim a cidade recebe um número sugestivo de agentes de segurança.

ORDEM

Segundo Marcos Euzébio da coluna revelações do site www.msnoticias.com.br, “A briga pela OAB/MS extrapola as esferas advocatícias e chega à imprensa. O candidato Newley Amarilha, acusa, em seu website de campanha, o jornal Correio do Estado de ter feito cortes e “censura prévia” em entrevista publicada no domingo. Amarilha, ao acusar o diário, publica na Internet a íntegra da entrevista que diz estar sem cortes. O endereço é www.oabforte.com.br

SUCESSÃO NA CÂMARA

Com exceção do Presidente Veimar Marques, óbvio, e, segundo o vereador João Lange, também da vereadora Dulce Manosso que pretende presidir a Casa de Leis somente em 2008, todos os demais vereadores estão pleiteando a Presidência.

Conversei longamente com o vereador Joãzinho Lange que me garantiu que seu nome é o mais indicado para a Presidência.
Eliz: Porque o Senhor afirma que o seu nome é o mais indicado?
Vereador João Lange: Porque estou mais bem preparado, resolvi umas pendências que eu tinha nesse ano e no ano que passou e tenho certeza que somente eu poderei resgatar a credibilidade que a Câmara perdeu nesses dois anos que se passaram.

PÉ DE CEDRO

Mês passado fui visitar meu pai, o “Jara da Farmácia” lá na cidade de Coxim, ainda bem que ele me levou para conhecer o centenário Pé de Cedro, símbolo daquela cidade, agora destruído pelo vendaval que passou por lá. Liguei para saber do meu pai, que me disse estar muito bem, inclusive, ajudando na recuperação da cidade. Um abraço fronteiriço ao Seo Jara.

24 outubro, 2006

FALANDO SÉRIO

LULLINHA

A ascensão miraculosa do filho do Presidente Lulla, está deixando muita gente de orelha em pé. O pai -Lulla- acha que isso é normal. Pensando bem não é normal, mas é comum em qualquer região do País.

DEPUTADO

Deu na coluna Revelações, do meu amigo Marcos Euzébio no site msnoticias.com.br que o Governador eleito André Puccinelli “observa as correntes da futura Assembléia. Havendo prenúncio de tempestades, vazará água na ida do deputado eleito Carlos Marun para o setor de habitação do governo e o escudeiro será convocado pra enfrentar o mau tempo. A deputada-suplente Celina torce para que o clima seja favorável. Caso contrário, será necessária engenharia política para abertura de um novo canal que possibilite sua navegação de retorno ao Legislativo”


FALTA DE RESPONSABILIDADE

Semana passada quando me dirigia para Campo Grande deparei com um Ônibus escolar que trafegava de maneira absolutamente irregular, ou seja, sem luz na parte traseira. O Ônibus que transportava alunos do período noturno poderia ter causado grave acidente. A propósito, o perigo ambulante pertence à Prefeitura de Laguna Carapã. Será que o prefeito daquela cidade está sabendo disso?

RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Creio que o Prefeito de Laguna não tenha conhecimento dessa grave irregularidade, pois em caso de acidente, o Município será responsabilizado pelos danos que causar. Mas, Fala Sério, é melhor prevenir do que remediar, não é mesmo? Com a palavra a Secretaria de Educação de Laguna Carapã.

ONDA DE CRIMES

Estamos passando por uma fase muito difícil na região, tanto do lado brasileiro quanto do lado paraguaio. Inúmeros assaltos no bairro da granja e na região central da cidade, além de assassinatos. Está na hora de nossas autoridades saírem da toca e tomarem providências urgentes.

CURSO NA PREFEITURA

A Prefeitura de Ponta Porã, realizou curso de capacitação dos servidores públicos municipais, que faz parte da continuidade do PNAFM-Programa de Apoio a Gestão dos Municípios Brasileiros.
O curso de Capacitação dos Servidores Públicos Municipais, teve oito horas de duração, sendo quatro horas na última sexta-feira e mais quatro neste sábado, das 08 ás 12 horas, com aulas sendo ministradas no Auditório do Paço Municipal.
A palestra e desenvolvimento das oficinas de aprendizagem ficou por conta da Psicóloga, Elenara Jardim Bender, que trabalha na consultoria e assessoria em Recursos Humanos e no Instituto Vitória Humana, desenvolvimento de pessoas e Empresas. “O importante é que as pessoas que estão ligadas a empresa ou uma instituição, possam estar se dedicando com amor e conhecimento, aliado a tecnologia. O desenvolvimento do curso em forma de oficina, se deve ao fator de estarmos organizando situações já existentes” disse Elenara Jardim Bender. (fonte: site www.pontapora.ms.gov.br).



AGRADECIMENTOS

Esta semana, aliás, como faço todo dia, os agradecimentos vão para Deus Nosso Senhor, que nos dá saúde, fé e esperança e que mesmo diante de algumas críticas negativas, seguimos em frente. Também não dá para agradar todo mundo. E esta não é uma coluna social. Fala Sério.

17 outubro, 2006

FALANDO SÉRIO

SEBRAE

Muito bem representado em nossa cidade através da sua Coordenadora, Dra. Dixie Carolina Croskei, o SEBRAE de Ponta Porã ofereceu em sua programação do mês de outubro, Treinamento Para Pequenos Negócios e Seminário de Plano de Negócios. O primeiro já foi realizado entre 16 a 19 de outubro, mas o Seminário está marcado para os dias 30 e 31 de outubro. Dá tempo de participar

No seminário os participantes receberão orientações para elaborar Planos de Negócio, detalhando suas idéias e analisando sua viabilidade. Maiores informações no próprio Sebrae, que fica na Rua Marechal Floriano, 1559 ou pelo telefone (67) 3431-5555.

DEPUTADO - I

No inicio da semana entrei em contato com um amigo de Campo Grande, ele me confidenciou que o deputado eleito Carlos Marun, não ficou triste com a notícia ainda não oficial de que vai participar do governo Puccinelli como Secretário de Obras e arrematou “mas bem que ele gostaria de sentir o gostinho da Assembléia”. Tristes vão ficar os 24.069 mil eleitores que votaram no deputado e não no Secretário.

DEPUTADO – II

Quem vai assumir o lugar de Carlos Marun será a deputada Celina Jallad, com 19,794 mil votos. De acordo com uma fonte fidedigna, o Governador eleito André Puccinelli tinha compromisso apenas com a filha do Wilson Martins. Celina vai para a Assembléia de olho no Tribunal de Contas daqui a 04 anos. Quem viver verá.

DEPUTADO - III

Ponta Porã ficou sem deputado estadual, mas votou em Reinaldo Azambuja que se comprometeu em “olhar” por nós. A mesma fonte me garantiu que Reinaldo não assume e em seu lugar assumirá Tita com 14,718 votos. Parece que o deputado eleito mais votado vai para a Secretaria de Finanças.

Na hora achei errado, mas depois pensei bem: Quem precisa de deputado tendo um Secretário de Finanças no Governo. Está certinho ele, fala sério.

CANTEIROS CENTRAIS

A Prefeitura está revitalizando os canteiros centrais da cidade, principalmente na Avenida Brasil. Dona Antonia, minha amiga, fez um registro importante, ela me disse que: “Tem muitas árvores na quadra do Bradesco, já na frente do Banco do Brasil não tem arborização alguma” Calma leitora, creio que logo serão plantadas mudas de árvores naquela quadra, se for Ipê, então, vai ficar mais bonito.

VEREADORES - I

Segunda-feira tomei um cafezinho no gabinete do vereador Osmar de Matos, que me fez o convite com a cordialidade de sempre. Mas o Seo Osmar me disse que por enquanto não pretende colocar seu nome a disposição dos colegas para presidir a Câmara novamente. Respondeu apenas que: “vamos ver, quem sabe?".

Perguntei se ele sabe alguma coisa sobre uma possível candidatura da vereadora Dulce Manosso para a Prefeitura em 2008. Ele desconversou. Mas isso já é assunto na cidade.

VEREADORES - II

Já tem muita gente de olho nas eleições de 2008, e olha que tem gente boa. Quem anda sendo sondado por alguns partidos é o meu amigo Ramão Vigilante.

AGRADECIMENTOS

Agradeço aos meus leitores que fazem o sucesso desta coluna, principalmente da Sra. Antonia Marques, Dr. Oscar Mosele e Dr. João Vieira Neto, Dr. Cacildo Bella e Marineuza além dos vereadores Osmar de Matos, Adão Dauzacker e Chico Gimenez. Obrigada

12 outubro, 2006

YES, TAMBÉM SOU POLÍTICA

Quem leu o artigo: “Yes, sou jornalista” poderá fazer um comparativo das mudanças que o tempo opera  nas pessoas. Há mais ou menos um ano atrás, utilizei de uma autocrítica defensiva e posicionamento ameaçador devido à necessidade de defender a liberdade de escrita, de pensamento, enfim, a tão propalada liberdade de expressão.Aqui com frases mais delicadas e o coração aberto quero contar como conheci a política atual do mundo em que vivo e como sobrevivi a ela.

É comum ouvir dizer que se aprende com a dor e que na derrota tiramos a melhor das lições, mas é preciso viver (a derrota) para entender seu significado. Foi com a derrota nas eleições municipais de 2004 que aprendi a ver o lado mau das pessoas, mas a partir daí foi que comecei a tirar lições para a vida inteira. Ensinamentos que não aprendi na infância, se bem que não tive infância, nem adolescência, pulei essas etapas. Não, não foi porque precisei trabalhar muito cedo. Nada disso, o trabalho sempre me proporcionou prazer por isso comecei a trabalhar aos catorze anos. Não tive infância, ou ela me faltou pela simples razão de ser filha única. Não me digam que filho único tem infância, todos sabemos que não. Mas também não fui única por opção de meus pais, quis o destino que eu perdesse todos os meus irmãos.

Também preciso deixar claro que não fui vitima do militarismo como sempre deixo transparecer em meus escritos. Afinal, na década de 70 eu era apenas uma criança e na década de 80, já me tornava mãe e esposa. Viu como pulei etapas? Somente na década de 90 voltei aos estudos e fui cursar direito. Foi na faculdade que tive os meus primeiros contatos com a ditadura através dos livros, O vermelho, de Mão Tse Tung; Pró e Contra Mão – O Julgamento da História de Bodino; O  Livro Verde Do Aiatolá Khomeini, com seus princípios políticos, filosóficos, sociais e religiosos; Tempo de Arraes, a revolução sem violência, de Antonio Callado; Caso Herzog; Por que Theodomiro fugiu, de Fernando Escariz; Obras de Che Guevara; Textos políticos, textos econômicos e A,B, Che, indo para Cuba para principiantes até Que é isso companheiro? Entre muitos outros. Para ser uma sobrevivente da era Geisel, no mínimo eu precisava ter nascido na década de 50, quando na verdade sou de 66.

(foto da candidata em 2004)Reporto-me novamente à década de 90 quando já como advogada passei a ter contato com o sofrimento e com as misérias humanas. Acho que foi ai que me descobri idealista até o último trago, impulsiva ao extremo não via outra maneira de ajudar aos menos bafejados pela sorte que não fosse através da política pura, porém equivocada para os meus tempos.Quando Edson Luis, o mártir foi assassinado com um tiro de pistola calibre 45, pelo tenente Alcindo Costa, eu tinha apenas 01 ano e 04 meses de idade. Portanto não podia ser da minha época e tampouco Fernando Henrique Cardoso, pois o mauricinho estudante de sociologia já dava aulas quando eu nasci. Mas me espelhei nessa época para escrever e assim formalizar meus contatos com a ditadura. Claro que não conheci Carlos Mariguela, sua história me foi apresentada por um jornalista que me apoiou e disse ter votado em mim.

Ai meu Deus como queria mudar o mundo, achava que poderia começar pelo meu mundo, pela minha cidade. Mas o pleito não se tratava de um concurso e até quem nunca saberá a diferença entre mandado e mandato pode se candidatar. Isso é a democracia e que se danem os que são como eu. Eram 180 pessoas disputando 10 cadeiras. Desses 180 cidadãos posso afirmar sem medo de errar que pouco mais de 03 pensavam ou pensam como eu.

A primeira coisa que fiz foi procurar um partido que fosse liberal como eu sonhava, graças a Deus não me aceitaram. Naquele dia descobri que a menininha que eu pensava ser, na verdade, metia medo em marmanjos bons de voto. Nada de Partidos Liberais. Foi a esquerda mesmo que me aceitou, me recebeu de braços abertos porque seu presidente à época se enganou ao pensar que a menininha era rica e lhe serviria como uma ótima galinha, calma, quis dizer, “galinha dos ovos de ouro”. Minha aparência o enganou ou minha descendência enganava bem às pessoas, meu parentesco com pessoas de posses assustava mas também ajudava. Estava pronta a política Eliz Saldanha Franco? A resposta é, talvez. Então dê-lhe “O Príncipe”; “A Arte da Guerra” e “Escritos Políticos de Maquiavel”. Ocorre, porém, que essa leitura necessária aos aspirantes de políticos, deve ser lida sem muita profundidade, né? Conta outra, fui a fundo e estudei a biografia de Nicolau Maquiavel vindo a descobrir nada mais nada menos que ele morreu pobre e no ostracismo. Estava decidido, não o seguiria por conhecê-lo demais. Queimei simbolicamente e de imediato todas as suas obras, seja emprestando para aqueles que seguramente não as devolveriam, seja doando para outros que queriam aprender a ser Príncipes. E nada de ser amada, nada de ser odiada, nada de ser temida, o que queria na verdade era servir, amar, doar. Opa, mas isso não serve na política. Idealistas e visionários podem ser líderes sem ocupar cargo eletivo. Isso também é democracia. Só que eu não sabia.

E fui à luta, ouvindo de vez em quando meus amigos e acompanhada sempre de um “tio emprestado”, um fiel escudeiro, 03 cabos eleitorais pagos (nunca foram pagos) pelo partido, um amigo vigilante e um fotógrafo que aparecia esporadicamente, sem me dar conta que apenas me fazia perguntas e pedia dinheiro (esse eu paguei com minhas próprias rendas). É nostálgico relembrar certas coisas, mas só depois de muito tempo é que entendemos o sentido delas.Foi numa manhã de maio de 2004 que por acaso encontrei um primo muito querido que sutilmente pediu para que não me candidatasse, justamente porque eu não tinha dinheiro o suficiente para gastar em uma campanha e que com certeza os outros passariam como tratores em cima de mim, mas se eu estava preparada para perder, que fosse, pois em eleição municipal não basta ter carisma, vontade e esforço próprio. É preciso ter dinheiro para gastar, mas muito dinheiro. Claro que não estava preparada, mas fui à luta pensando sempre em começar mudando o mundo através do meu próprio mundo. Veio a derrota e com ela a desilusão. Me fechei em copas e decidi me dedicar unicamente à minha família, filhos, marido e trabalho. No trabalho – sou funcionária pública – veio o primeiro embate com um assessor de um assessor que tentou em vão me prejudicar, mas fragilizada como estava acabei eu mesma me prejudicando ao discutir com uma autoridade que estava no poder recém chegado. Briguei, fui para casa e chorei, chorei e chorei.....maldisse o mundo e todos os que nele habitam. Entre uma lágrima e outra escrevi uma *carta ao jornalista, eleitor declarado que me deu as dicas sobre compra de votos e o modus operandi de alguns candidatos (Mas o pouco dinheiro que juntei acabei gastando nas reuniões e em segundos os adversários me passavam para trás, seja com dinheiro, seja com a maledicência. E, lá ia eu comprar remédios e pagar contas de luz de quem estava no escuro, para isso serviam as reuniões.). Meu amigo tentou me consolar dizendo que eu tinha um poder que desconhecia que era a imprensa e o poder de expressão, coisa que faltava aos “vencedores”. Naquele dia “me convenci”, não é só o Lulla que se convence, que perdi uma cadeira, mas poderia ter dez nas mãos. E o que fiz? Simples, escancarei minha vida, criei um blog, abri um perfil no site de relacionamentos orkut, passei a escrever para sites e para um jornal local, entrevistei pessoas famosas, usei a Tribuna Livre da Câmara Municipal para obter benesses para entidades não governamentais e estudei mais e mais, percebi, então, que a ignorância de alguns, a maldade de outros e a falta de vontade de mais alguns poderiam me ser úteis. Venci pela argumentação, me tornei forte e serena. Primeiro passo depois que atingi o poder almejado foi procurar a autoridade que havia me desentendido e pedi desculpas por ele haver me prejudicado, afinal a culpa não foi dele, foi minha e do assessor de assessor, ébrio e acabado. Redescobri meu trabalho, fiz as pazes com os “inimigos” e atualmente, minha vida profissional passa pela sua melhor fase.No Orkut que recebe em média 250 visitas por semana, nesta cidade de pouco mais de 60 mil habitantes, está o meu perfil em forma de letras musicais, uma música cantada por Chico Buarque e outra por Mercedez Sosa, com a versão em português de Renato Teixeira. Os dois primeiros não fazem parte da minha geração musical, que foi na verdade, RPM, Biquíni Cavadão, Kid Abelha, A cor do som, Titãs, Engenheiros do Hawai, Lulu Santos, Zizi Possi, Renato Russo entre outros dos anos 80. Meu cantor preferido, só quem me conhece bem sabe que é Djavan, mas não estou nas comunidades dele. É isso, meu blog leva para o mundo virtual os meus pensamentos e a minha coluna semanal.

A propósito, meu velho e adorado “tio emprestado” me telefona de vez em quando e pergunta para onde vamos e sempre recebe a seguinte resposta: “para onde o vento nos levar, tio, para onde o vento nos levar”. O fiel escudeiro buscou um trabalho remunerado que eu não posso lhe dar; o vigilante que vez ou outra colocava R$10,00 de gasolina para a campanha, segue sendo vigilante, é a profissão dele: vigilante e idealista, já o fotógrafo, bem, o fotógrafo era espião da parte contrária (nem acredito que eu merecia até um espião) obteve um cargo temporário na Prefeitura onde trabalho.

E mais, dia desses o antigo inimigo me chamou em seu gabinete para uma conversa de trabalho, na saída me sorriu um sorriso cordial, não disse cardial, não espero nada dele com relação a minha pessoa que possa vir do coração, mas sua cordialidade me basta. Ao dirigir-me até seu gabinete errei e abri a porta da sala de um assessor de assessor, não o ébrio, outro que possui o rei na barriga, ou 10 reis a julgar pelo seu abdômen gigantesco. Nossa, que olhar desdenhoso lançou ele sobre mim, mas em troca lhe ofereci um sorriso e ao regressar para minha sala acabei por sentir uma presença incomoda no corredor, era o fotógrafo traidor, também lhe sorri o meu sorriso mais bonito e pensei: Ah pobre coitado, tanto você quanto o assessor paquidérmico, não sabem que neste mundo tudo passa, até uva passa.

Agora estou em paz comigo mesma, meus projetos se realizam dia-a-dia. Estou caminhando para frente onde caminham os que sabem amar ao próximo. Pensando bem, a música para o meu perfil deveria ser “coração pirata”. Mas, lógico, as pessoas ainda me enganam. Ainda acredito na possibilidade de um mundo justo e sincero. Ainda amo os amigos e se tenho inimigos não sei. Continuo sendo idealista, amada por uns, invejada por outros, mas nada me atinge. Quem decidiu escancarar a vida fui eu e repito, estou em paz, porque agora.....Yes, eu sou política

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* Carta ao Jornalista (novembro de 2004)

“Companheiro”, se me permite assim lhe chamar.Era final dos anos 70, eu ainda adolescente, filha de militar, gostava de ler contos de “Alan Poe”, sonhos de “Richard Bach” e poemas de “Gibran”, até que um colega me presenteou com os textos políticos de “Che Guevara”, foi quando meu pai substituiu imediatamente a leitura por “MARÇO” de Adirson de Barros, uma ode a Geisel e a Revolução Brasileira. Àquela época, cada um já sofria a sua repressão, eu sofri a minha e certamente à época o jovem colega já lutava pela liberdade de expressão. Se ontem, subversivos, hoje, livres, por isso companheiros.Meados de 2004, durante os últimos três meses, marchei pelos bairros de nossa cidade e passei a mão a cada cidadão pontaporanense dizendo: muito prazer, meu nome é Eliz e estou aqui para te pedir ajuda, sou candidata à vereadora.Foi uma campanha eleitoral diferente, sim foi. Não foi demagógica.Faltou dinheiro? Não. Será comprovado que não houveram gastos. Não montei uma grande equipe, nada de comitês, sem “jingles”, “vans”. Tenho sim pessoas, muitas pessoas que lutam por ideais de igualdade e de liberdade de expressão.Estás a imaginar que sou sonhadora, companheiro? Então citarei Gibran: “Prefiro ser simples sonhador entre os humildes, que esperam realização de seus sonhos, do que ser senhor entre os que não têm sonhos ou nada desejam.”Mas nesta idade o sonho quase já não me é permitido, pois houveram momentos, meu amigo, que alguns abutres acharam que vantagem material os levariam comigo a algum lugar, mas não troquei meu sono tranqüilo, o sono dos justos, em troca de qualquer coisa que lembre a indignidade. Não escolhi palanque por vantagens pessoais, mas sim apóio quem é digno da confiança. Não aceito nada de quem nunca apoiou a liberdade de expressão, de quem oprime pensamentos e reprime os mais fracos.Aceito somente a confiança das pessoas que representaria na Câmara e de políticos honestos, como eu.Sei que apresentei excelentes idéias, haja vista que, embora de forma tardia algumas estejam sendo copiadas por àqueles que há muito já ocupam cargos eletivos.Por amor a Ponta Porã esta Campanha foi praticada em conformidade com a Lei, por isso já resultou vitoriosa, independentemente da derrota.

Nas palavras de Victor Hugo: “No Hay pueblo pequeno. La grandeza de um pueblo no se mide por el número, así como el valor de um hombre no se mide por la estatura. La única medida es la cantidad de inteligência, la cantidad de virtud. El que da grande ejemplo, es grande....Nada de palavras vanas. No basta ser república: es preciso ser la libertad; no basta ser la democracia; es preciso ser la humanidad.”***********************************************************************************




LETRA DA MÚSICA CORAÇÃO PIRATA
O meu coração pirataToma tudo pela frente
Mas a alma adivinhaO preço que cobram da gente
E fica sozinha
Levo a vida como eu quero
Estou sempre com a razão
Eu jamais me desespero
Sou dono do meu coração
Ah! o espelho me disseVocê não mudou
Sou amante do sucesso
Nele eu mando nunca peço
Eu compro o que a infância sonhou
Se errar eu não confesso
Eu sei bem quem sou
E nunca me dou
Quando a paixão não dá certo (não há porque me culpar)
Eu não me permito chorar (já não vai adiantar)
E recomeço do zero
Sem reclamar
As pessoas se convencem
De que a sorte me ajudou
Mas plantei cada sementeQue o meu coração desejou!!
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03 outubro, 2006

FALANDO SÉRIO

AGORA ELLE VAI

Sem Heloísa Helena no páreo, o Lulla já avisou que vai ao debate que será promovido pela Rede Globo. Heloísa pode ser destemperada mas é inteligente e brilhante em suas colocações. Se quiser poderá ajudar Alckmin e o Brasil a se livrarem do Lulismo. Mas será que ela quer?

SENSAÇÃO DE LIBERDADE

O pontaporanense nato não tem medo da fronteira, anda desarmado e, com raríssimas exceções, se dá bem com todo mundo. Porisso voltamos sentir aquela sensação de liberdade para ir e vir com a desobstrução da Av. Presidente Vargas, no trecho compreendido entre Av. Brasil e Marechal Floriano. É isso ai, quem não deve não teme.

JUSTIÇA ELEITORAL

Nas rodas não se fala em outra coisa que não seja a lisura e competência com que os Juízes de Direito Mauro Karloh e Liliana Monteiro conduziram o pleito. Eles sabem que têm poder mas preferiram usar a autoridade.

CARTÃO DE VISITAS

Semanas atrás reclamamos do descaso com o monumento localizado na entrada da cidade (cuia, guampa de tereré e o porongo). Não é que está tudo muito bonito agora, inclusive, com as lindas flores que já se espalham por toda a cidade. Está de parabéns o setor competente da Prefeitura.

É ISSO AI

Como se verificou pelas pesquisas, nós pontaporanenses poderíamos sim, eleger dois deputados estaduais e a população mais consciente de nossa cidade realmente se uniu em torno dessa possibilidade, pena que ainda, ainda não deu certo. Mas chegaremos lá.

PROCURADORES MUNICIPAIS
Foi um sucesso na semana passada em Campo Grande, o I Congresso dos Procuradores Municipais do Estado de Mato Grosso do Sul e o Controle Externo, uma realização do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul, OAB/MS e Ministério Público Especial. O Congresso contou com a presenças da Secretária Jurídica do Município Dra. Paula Consalter de Almeida, da assessora Dra Karla da Rocha Matos e desta colunista.

Representando o Município de Aral Moreira estavam o Secretario Jurídico daquela cidade, Dr. Luiz Alexandre Mendes Gonçalves do Amaral e Dra. Karina Côgo do Amaral e do Município de Antonio João, a Secretaria Jurídica Dra. Júlia Aparecida de Lima.


DIA 29 DE OUTUBRO

Voltaremos às urnas com esperanças renovadas, o Brasil decidirá se continua sendo governado pelo homem que nada viu e nada sabe, mas soube muito bem se comparar ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Diante disso vale lembrar uma corrente que está na internet: “Se ele realmente chegou ao cúmulo de blasfemar desse jeito, então vamos logo crucificá-lo”. Fala Sério.

19 setembro, 2006

FALANDO SÉRIO

OAB

Como já se sabe sou candidata a Presidência da 5ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil, concorrendo com mais duas chapas, razão pela qual me sinto na obrigação ética de não mais escrever sobre esse assunto – OAB – em primeiro lugar porque questão de respeito porque uma das chapas concorrentes é composta basicamente pela diretoria atual e em segundo lugar porque a outra chapa é oposição a Fabio Trad, mas tive a honra e orgulho de ser convidada para o lançamento da campanha desta última. Fui muito bem recebida pela Dra. Sabrina, que desde já agradeço e espero que possamos no futuro trabalharmos por uma Ordem independente.

Falando nisso, a chapa que represento é composta por advogados independentes e abnegados em prol da luta pelo resgate da credibilidade de nossa classe e entendemos que este espaço deve ser de todos os advogados, e para que não restem dúvidas quanto a isso, voltaremos a falar e escrever sobre OAB somente após as eleições do dia 17 de novembro.

NELSON TRAD

O candidato à reeleição para deputado federal, esteve neste sábado em Ponta Porã, quando foi recebido por Ney Magalhães que o acompanhou em visitas a diversos amigos e eleitores. Á noite nos acompanhou para uma visita, juntamente com o Major Alexandre de Figueiredo, Comandante do Corpo de Bombeiros, até a sede do GAPP, (Grupo de Apoio às Pessoas Portadoras do Vírus HIV/AIDS). Elogiou bastante o trabalho da Presidente Simoni Bitencourt que atende aos doentes tanto do Brasil quanto da vizinha cidade de Pedro Juan Caballero/PY.



ENTÃO PERGUNTEI

Eliz: Deputado, o que o trouxe à Ponta Porã mais uma vez?
Nelson Trad: Vim rever amigos, conversar com o Acostinha, Ale, Ney e inúmeros outros amigos que aqui tenho e naturalmente falar de política, principalmente a eleitoral.

Eliz: O senhor acredita que haverá uma severa punição nas urnas no próximo dia 1º de outubro, já que o impeachemant, não acontecerá posto que Lulla está muito a frente de seu adversário Alckmin?
Nelson Trad: Creio que não o castigo que alguns merecem porque tem um segmento de eleitor que cumpre-se ser defenestrados para um meio sadio. Ainda existem na corporação os políticos militantes.

Eliz: Acusam Fábio Trad que na condição de seu filho e irmão de políticos poderia transformar a OAB em palco político-partidário. O que o senhor pensa disso?
Nelson Trad: É uma afirmação leviana. Não há e nunca ouve nenhum sentido oligárquico entre nós, mesmo porque a história de honra e dignidade de cada um de nós é imutável e suficientemente forte para ridicularizar a absurda suposição.

Dr. Hindo

O vereador foi pessoalmente agradecer a Ueze Zahran a instalação em nossa cidade da Fundação que leva o nome do seu fundador, Ueze. É sabido que o vereador muito lutou para que se tornasse uma realidade o funcionamento dessa entidade de caráter extraordinário que visa capacitar jovens carentes na área da informática. Serão administrados cursos de capacitação absolutamente de graça, sim, o jovem carente não irá desembolsar nenhum centavo e o espaço físico também já está definido, será no prédio do SESI, bem no centro da cidade.

Investindo em Ponta Porã

O Jovem César Scolari é daquelas pessoas empreendedoras que ainda acreditam no desenvolvimento de Ponta Porã, porisso investe aqui todo o fruto de seu trabalho. Estou me referindo à loja de veículos novos e usados que está em expansão para melhor atender aos seus clientes, bem ali na frente da Câmara de vereadores. Sorte Scolari, continue acreditando na fronteira.


Milton Fróes

Prepara-se para lançar um livro com o titulo provisório de “Juvenal Fróes e Aral Moreira – nos caminhos da erva-mate e política na fronteira sul-mato-grossense”. O livro que poderá ser editado no início do próximo ano é uma obra com algumas passagens da vida de Juvenal Fróes e Aral Moreira. O pano de fundo serão as cidades de Ponta Porã, Laguna Carapã e Aral Moreira.

O leitor poderá se deliciar com trechos sobre a história da Guerra do Paraguai, da Cia Mate Laranjeiras, origem do Município, do Território e da sua restauração, além da transcrição de cartas que Juvenal Fróes e Aral Moreira falavam de política, do desenvolvimento da região através da erva mate e comentários sobre pessoas ilustres de Ponta Porã. Estamos Aguardando.

Velocindo e o sete de setembro

O desfile de 07 de setembro esteve perfeito, mas a voz de Velocindo Silva foi o que mais repercutiu naquele dia, quem nasceu e cresceu em Ponta Porã, não consegue dissociar os festejos da voz incomparável de Velocindo, assim como o sabor da fruta que marcou minha infância, a manga, o perfume das flores da casa de Lídio Borralho, o desenho dos paralelepípedos da Marechal Floriano e a pipoca doce de Seo Zé, primeiro pipoqueiro depois garapeiro e a batuta de Seo Portiolli frente à fanfarra do São José, são coisas que guardamos eternamente na memória. Parabéns Velocindo Silva pelos seus 42 anos de 07 de setembro.

14 setembro, 2006

Entrevista concedida ao Jornal da Praça

Entrevista concedida ao Jornal da Praça pela candidata a Presidência da OAB 5ª Subseção de Ponta Porã

JP: Porque a senhora deseja ser presidente da 5ª Subseção da OAB/MS?

Eliz: Como minha candidatura não é fruto de uma vaidade particular, mas sim do desejo de colegas de vários seguimentos da advocacia que conhecem minha trajetória de vida e desejam que eu os represente nessa difícil tarefa de resgatar a dignidade e o respeito que a nossa classe merece, me coloquei a disposição de todos os advogados da comarca. Meu desejo não difere do desejo dos meus colegas advogados que é o resgate da credibilidade de nossa classe perante a sociedade.

JP: Há quantos anos a senhora exerce a profissão de advogada e qual é a sua capacitação profissional para gerir a 5ª Subseção de Ponta Porã, localizada em fronteira sabidamente problemática?

Eliz: Há 10 anos tenho o privilégio de ser advogada. Minha capacitação provém da conduta profissional, do amor à advocacia, do trabalho diário, das petições, do trabalho voltado à comunidade em que nasci, do respeito aos colegas e do espírito de companheirismo, v.g. se for eleita presidente da 5ª Subseção, imediatamente entrarei em contato com minhas colegas, ora adversárias, para trabalharmos pela Ordem. Não sou divisionista, pelo contrário, quero unificar e fortalecer a Ordem dos Advogados em Ponta Porã. Também, durante a campanha tenham certeza que não espalharei boatos sobre eventuais desistências de outras candidatas e as convidarei para todas as reuniões, principalmente, para o lançamento oficial da campanha, fato que deverá ocorrer no início de outubro.

JP: Uma corrente, composta dos mais brilhantes advogados do País não advoga esse tipo de eleição atual, sugerindo que os advogados deveriam votar apenas para um candidato a presidente e vice e em um para conselheiro. Nesse caso o conselho seria formado por candidatos avulsos, desvinculados de “chapas”. Qual a posição da senhora sobre esse assunto?

Eliz: Comungo das mesmas idéias da corrente mencionada, porque estamos falando de advogados, profissionais formadores de opinião e que já não aceitam o chamado “voto de cabresto”.

JP:É difícil montar uma “chapa” para entrar na disputa pela presidência da Subseção? Por quê?

Eliz: Não houve dificuldade, pois a “chapa” está formada por advogados de vários setores da advocacia que se propuseram a trabalhar pela classe.

JP:Os membros das “chapas” são escolhidos pela sua experiência profissional, saber jurídico ou por outro tipo de relação, tal como amizade, simpatia ou grupos de interesse comum?

Eliz: Não posso afirmar nada sobre as outras chapas. Já com relação à nossa posso dizer que os membros foram escolhidos naturalmente pela disposição em trabalhar pela classe. Não somos apoiados por nenhum grupo, nossa candidatura não foi imposta por ninguém. Criamos uma “chapa” independente como deve ser todo advogado.

JP:No seu entender qual é a função primordial da Ordem dos Advogados e, mais especificamente, da Subseção?

Eliz: É a valorização do advogado. Se for eleita, em minha gestão o advogado não será posto para fora dos gabinetes dos juízes injustamente. Nunca mais o advogado tomará “chá de cadeira” em delegacias sem que a autoridade que agir injustamente seja representada junto aos órgãos superiores. Além do que nossa diretoria não tomará medidas autoritárias, pois pretendemos formar um conselho consultivo composto por pelo menos 11 advogados de notável saber jurídico e com representatividade de todos os escritórios para que não tomemos decisões unilaterais. Não quero com isso dizer que seremos subservientes, mas também não seremos autoritários. Na minha gestão a 5ª Subseção será de todos os advogados.

JP: A senhora gostaria de fazer alguma observação, suprindo, assim, alguma questão que não lhe foi endereçada?

Eliz: Todas as perguntas foram pertinentes e bem colocadas. Não há nada a acrescentar na entrevista.

JP: A senhora está vinculada a qual “chapa” para eleição do Presidente da Seccional de Mato Grosso do Sul?

Eliz: Apoio e voto em Fábio Trad, mas não imponho isso aos demais companheiros de “chapa”, até porque pertenço a uma classe que luta pela liberdade e tenho o maior orgulho em ser advogada é isso que quero passar para todos, principalmente para os mais jovens: Como é bom ser advogado.

"Consciência no voto"

A convivência é uma escola, mas a vivência antes de tudo é uma ciência que não está nos livros. Sem abrir mão dos livros, encartes, e até bulas de remédios, a vivência me autoriza a dizer que somente vivendo é que se aprende que os sinais exteriores não correspondem à verdade dos fatos, que a generosidade é um perigo quando emantada na conveniência; o altruísmo no egoísmo; a sinceridade na máscara da mentira e quantas vezes a própria força negativa nos aparece emantada na suposta justiça.E porque mistificamos tudo? A resposta, como diz Ney Magalhães, é lógica.E afirmo que só quem como eu teve o desprivilegio de conhecer pessoas que praticaram atos com objetivos aparentes, diversos dos reais, pode afirmar que os tapinhas nas costas nesse período eleitoral podem servir para nos empurrar para o abismo e os afagos na cabeça para nos afundar, principalmente se estivermos com a alma banhada por um oceano de lágrimas.Caro leitor, quantas maneiras existem de ser ver as coisas, depende da posição em que se está, a visão, sem dúvida é diferente, bem diversa do que se imagina.No meu ponto de vista Ponta Porã e Pedro Juan Caballero – uma única cidade - na minha insignificância sempre sonhei com essa unificação mesmo que na esfera de um mundo irreal, até perceber que não sonhava sozinha, e como diz o poeta “sonho que se sonha só é apenas sonho, mas sonho que se sonha junto, é realidade".Ao adentrar no processo natural de envelhecimento do corpo, então passei a sublimar minhas vaidades para o campo do social e ao fazer isso percebi que em que pese as Leis, em que pese a Soberania Nacional, em que pese, sobretudo, os Poderes Constituídos, nós somos nada mais nada menos que sobreviventes nesta terra de ninguém.Não vamos nos enveredar para o campo da segurança pública, não a temos. Está provado e ponto final. Mas dirigimos nossa crítica para a seara da corrupção, das sanguessugas, mensaleiros, vendedores de emendas parlamentares, corruptos, corruptores, fraudadores de licitação e os corrompidos. Todos com os nomes já divulgado pela imprensa.Tememos em afirmar que por inúmeras razões o mesmo homem que fez uma multidão de velhinhos passarem fome e até morrer nas filas do INSS, vejam bem, não falo do Ministro, mas sim do patrão, “Lulla” está prestes a se reeleger. Teremos novamente um déspota para nos governar.E por falar em INSS, me reporto imediatamente à saúde, e por mais que tente olvidar, guardo na memória auditiva a voz do intendente de Pedro Juan Caballero ao ser entrevistado por uma rádio local dizer claramente que temos a obrigação de atender no Hospital Regional Dr. José de Simone Neto, a todos os “votantes” que residem do outro lado da linha internacional, pois são sete mil pessoas que decidem uma eleição municipal. Dr. Zezé de Simone que sempre atendeu brasileiros, paraguaios, pessoas de qualquer nacionalidade deve se amargurar com as agruras que passam os “votantes” que por força de Lei, não merecem atendimento do lado brasileiro. O homem que trouxe luz para esta cidade e trouxe à luz tantos homens e mulheres devem imaginar que melhor substituir o nome do hospital para Dr. Menguele, o médico de Hitler.Saibam pontaporanenses que pagam seus impostos, que a atravessar um dos marcos que dividem nossos Países, encontraremos brasileiros que optaram por lá viver, por lá sobreviver, para obterem um emprego ou subemprego, luz mais barata, impostos mais baixos. Mas também residem cidadãos com dupla nacionalidade que se sentem na “obrigação de votar”, para que um dia, no futuro possam se aposentar recebendo os míseros trocados do INSS porque o corpo já será frágil para o trabalho e os medicamentos, se tornarão gênero de primeira necessidade. Ao que parece no Paraguai não existe um instituto de aposentadoria.
Vejam a brecha que se abre nesse diapasão para que os corruptores saiam à caça desses “votantes” e lhes compre o voto. Quem vende o voto não pensa no futuro seguro como os corruptores lhes fazem crer. Mas então está tudo errado. E a culpa é de quem? Da Justiça Eleitoral, da Policia Federal. A resposta, é não. A culpa é dos homens que compram os votos, pois não existe a conscientização para os que se vendem que ao elegerem um político corrupto, suas aposentadorias podem nunca acontecer porque aos prostituírem seu voto, prostituem também suas almas doam sangue às sanguessugas.Este pequeno drama individual que vivemos aqui em Ponta Porã se reflete no grande drama do mundo, da luta entre o bem e o mal, da redenção do homem através da dor.No dia 1º de outubro próximo o desafio será grave e o embate gigantesco. E se na dor da velhice somos todos irmãos e brasileiros é preciso conscientizar “los votantes” que os valores para os compradores de voto é a riqueza material mas para quem vende o voto não é a certeza de uma velhice segura, pelo contrário é uma velhice sofrida.Temos o dever cívico de conscientizar que o futuro é imprevisível ainda mais quando damos o poder para homens do mal.Embora não concordamos com a corrupção, ela existe, então que esse povo pobre pegue o dinheiro que lhes é oferecido, tal qual a criança aceita o doce, mas que votem com a dignidade de um idoso. Ensinemos a eles, “los votantes” que ao venderem suas consciências, estarão se tornando cúmplices dos corruptos, se votar neles em troca de dinheiro estarão incorrendo em responsabilidade.Vamos, pois, nos organizar, posto que este texto pode não chegar às mãos daqueles que vendem seus votos, mas com certeza não passará incólume pelas vossas vidas, que é séria e dura e porisso precisamos defendê-la.E como fazer isso agora companheiros? Vamos fazer saindo às ruas e evangelizando, pois Deus não lhes tirará o pão. Vamos tentar instruir e ensinar que ao lado do triunfo do comprador de votos está a miséria daquele que se corrompeu. E na pior das hipóteses, vamos ensinar-lhes a ser um Judas às avessas, receber o presente, o dinheiro, a cesta básica e retribuir nas urnas com o que há de mais sagrado no homem e na mulher, a consciência. Ensinar que o corrupto nada mais é que um demônio emantado e dar-lhe o troco, votando em homens limpos, cujo passado já provou que o futuro pode sim valer a pena.E se errarmos, a Democracia que vem do povo que vem de Deus, nos dará uma nova oportunidade, pois do jeito que está não pode ficar. Ou então, fiquemos em casa e aceitamos a velha máxima de que “o inferno é aqui”. Isso é inconcebível para o pontaporanense, que deve mostrar aos sete mil votantes do lado de lá, que o mundo não pára de girar, insista, que a consciência pode se deteriorar. A alma não.Leitores perdoem se pequei pelo excesso, sou humana, tenho o direito de errar, mas não peco pela omissão, sou de Ponta Porã.

Porque devemos eleger um deputado de Ponta Porã


Pedro de Souza Lima, advogado, ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil 5ª Subseção e atual delegado regional do CRECI/MS


"Para que o Município possa resgatar sua importância no cenário político estadual e federal, além de possibilitar aos munícipes poder acompanhar e fiscalizar efetivamente o desempenho e coerência de seus candidatos."


Silvia Marli Eidt, comerciante, presidente da ACPP (Associação Comercial de Ponta Porã)

"Por se tratar de um momento tão importante para o nosso futuro, acredito que mais do que nunca, devemos mais uma vez acreditar e dar um voto de confiança em pessoas que conhecem nosso dia a dia, que sabem de nossas carências, e são pessoas com quem temos contato diário e assima amanhã "cobrar" as promessas de melhorias para a nossa cidade"



Renato Gomes Leal
Advogado

Quando queremos que alguém faça alguma coisa por nós, escolhemos uma pessoa de nossa inteira confiança, depois a constituímos como nossa procuradora, seja por um ato particular, público ou até judicial. O voto nada mais é que uma procuração passada ao candidato escolhido para que, se eleito, nos represente junto aos poderes legislativo e executivo, na esfera municipal, estadual ou federal.

Votando em candidatos de outras regiões, estaremos fortificando as conquistas politicas para essas regiões em detrimento da nossa, aliás, o que têm feito com bastante frequência nossos eleitores, por isso vemos cidades cincunvizinhas progredirem enquanto que a nossa querida Ponta Porã lamentalvelmente é fadada ao retrocesso.

Assim, nosso representante tem que ser alguém de confiança, e, sobretudo que conheça bem os problemas de nossa cidade e de nossa gente para poder defender os interesses da região e da população que aqui permanece.







Ramão Silva Florenciano
Presidente da Associação de Taxistas de Ponta Porã.



Falo que Ponta Porã precisa ter deputados para com isso ter representatividade e nós pontaporanenses também ficarmos com prestigio politico e alguem que possa nos representar na Câmara Estadual e Federal. Nós Merecemos!







“Quem acredita e quer viver em Ponta Porã, deve comprar e valorizar os produtos da terra. Votando num deputado que esteja próximo de nós e vive a realidade da fronteira e seus costumes. Mas é preciso o real compromisso com a nossa cidade”
Ana Maia de Macedo
Comerciante, diretora da ACPP e Recanto dos idosos





“Pois certamente que um deputado de Ponta Porã seja ele estadual ou federal, vai lutar com mais afinco por benefícios para a nossa cidade. É natural do ser humano defender os seus interesses mais próximos e nas disputas nas câmaras legislativas, seremos melhor representados por alguém que vive e bem conhece o nosso município”
Ellen Cléa Stort Ferreira Cervieri - advogada





Eu acredito que devemos eleger um deputado de Ponta Porã, pelo fato dele enxergar aqui uma cidade próspera com gente séria e com vontade de trabalhar pelo engrandecimento de nossa querida PRINCESINHA DOS ERVAIS, e não políticos que só vem aqui pra pedir votos e fazer compras no Paraguai. Ponta Porã é maior que isso e seu povo deve ser privilegiado com representantes natos.
Nuno Saldanha Gaeta
Universitário

NÃO HÁ CONQUISTAS SEM RENÚNCIAS


Não há conquistas sem renúncias


Este artigo não pretende lançar teorias sobre grandes conquistas, apenas relata a experiência de quem paga o preço pela conquista de um espaço, elucida qualquer dúvida quanto à existência de seres conscientes de que quanto maiores seus desejos, maior deve ser o esforço empreendido e que quanto mais rápido se almeja algo, mais apressados devem ser seus passos, posto que a vida é frágil e o tempo passa rapidamente.

Quem luta por um ideal é auto-destrutivo e costuma sacrificar um nobre trabalho renunciando o necessário. É tão anti-vital que sacrifica seus próprios rendimentos pelo prazer dos que não merecem sacrifícios, acabando por privar dos resultados àqueles que merecem.

Tudo é processo de depuração e nele não há vítimas, até terceiros que não mereciam sofrer ao passarem privações seus espíritos se elevam. Sim, o sofrimento ensina.

Algozes também não há, são apenas espíritos instintivos, afinal, somos humanos e cada um tem seu grau de evolução e isso independe da escolarização. Os Kardecistas explicariam melhor esse grau de evolução dos terráqueos.

E porque o mundo finge amar quando na verdade odeia os idealistas? A resposta é simples, porque sonhar é um martírio, querer o bem é uma grande dor e os Reis só amam os bajuladores. Os idealistas estão fadados à eterna solidão, renunciando a tudo pela conquista de um sonho, se esquecem que são mártires. Tiradentes jamais teria sido enforcado e esquartejado se fosse subserviente e Joana D´arc teria morrido velha e rica.

Não, não é nada bom ser idealista sejam, pois, egoístas. Os egoístas são felizes, não pensam no coletivo, são excelentes pais de família, ao contrário do idealista, eles não escancaram o coração nem expõem a vida pessoal, coisa que o idealista adora fazer, e tem mais o idealista se curva somente perante Deus, O Criador do Universo. Eis a razão pela qual os egoístas tanto temem o idealista, pois este só se fortalece a cada golpe e ao ser derrotado morre em pé, mas não admite viver a vida ajoelhado.

Sempre se travarão batalhas entre ambos, pois o primeiro sabe que nunca terá como servo o segundo.

Sendo sozinho e perseguido, nos momentos difíceis não é ajudado, não tem paz nem para trabalhar. Na vitória é exaltado, mas é livre, não deve nada a ninguém. O idealista sofre de uma angustia que o desola e que chamam de loucura, nesses momentos cria e recria e conquista vitória para todos, inclusive, para àqueles que lhe rotulam de loucos e infelizes.

Ser idealista é ser louco e infeliz, pois só os loucos trabalham tanto para a felicidade alheia e para o conforto coletivo.

Feliz e normal deve ser o egoísta, pois se acha eterno, vegeta, nunca pensa.
Infeliz é o idealista, não vê diferenças entre ele e os egoístas. Sabe que não é eterno, que será sempre pobre e, por ironia, mesmo que se esquive dos egoístas todos os dias, ele sabe que chegará a hora em que todos terão o mesmo endereço: Rua Rio Branco, s/n, bairro da saudade.

A CPI DE QUEM SERVE A DOR PÚBLICA

Quando Guimarães Rosa escreveu: “O real não está na saída nem na chegada; ele se dispõe para a gente é no meio da travessia”, talvez ele quisesse interpretar a milenar poesia chinesa “A alegria dos peixes”, que nos ajuda a conhecer melhor a visão do mundo dos entes com quem convivemos. Na poesia Chuang diz a Hui: “Veja como os peixes pulam e correm tão livremente: Isto é a felicidade”. Hui responde: “Desde que você não é peixe como sabe o que torna os peixes felizes?”. E Chuang respondeu: “Desde que você não é eu, como é possível que saiba que eu não sei o que torna os peixes felizes?”. Hui argumentou: “Se eu não sendo você, não posso saber o que você sabe, daí se conclui que você, não sendo peixe, não pode saber o que eles sabem.” Chuang, respondeu magistralmente: “Conheço a alegria dos peixes no rio, através da minha própria alegria, à medida que vou caminhando à beira do mesmo rio.”

Chuang Tzu tinha razão, somente haveremos de saber o que o outro sente se nos colocarmos, abstratamente, no lugar do outro. No meu cotidiano de advogada sempre busquei explicar às pessoas que recebem uma ordem judicial para prestarem um depoimento, seja como réu, seja como testemunha que em ambos os casos é importante comparecer perante a Justiça, pois se réu e inocente, será a grande chance de provar sua inocência, se testemunha, tamanha sua importância como auxiliar da Justiça, desde que fale a verdade, que nunca entre no mesmo diapasão do trabalho mental do acusador, e que não passe a ter devaneios persecutórios, ou seja, desde que não se coloque como acusador, pois cada um tem o seu papel a cumprir.

Pois bem, ao receber a convocação assinada pelo Presidente da CPI do Previporã, vereador Dr. Antonio Carlos Siufi Hindo, com o seguinte texto: (A Comissão Parlamentar de Inquérito, instaurada para averiguar irregularidades e eventuais desvios de verbas no Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos de Ponta Porã – PREVIPORÃ, no uso de suas atribuições legais, resolve convocar a Sra. Elis Franco, para comparecer no dia e hora abaixo designado, a fim de prestar esclarecimentos sobre fatos diretamente relacionados com matéria objeto da investigação. Sua presença será importante para elucidação dos fatos. Informamos Vossa Senhoria que caso não compareça, a Comissão se valerá dos meios legais coercitivos. Dia 31 de outubro de 2005. Local: Plenário da Câmara Municipal de Ponta Porã. Hora: 14:15horas.) me alegrei com a possibilidade de auxiliar à Justiça, pois uma CPI, tem poderes equivalentes ao Judiciário, me alegrei mais ainda com a homenagem que me dirigiu o Vereador Dr. Hindo em nome de todos os funcionários públicos, na sessão de quarta-feira passada.

Porém, só me dei conta do alcance emocional de uma CPI, quando alegremente contei à minha mãe que irei depor. Naquele momento, de alegre testemunha de fatos que nada vi e nada posso falar, me transformei em personagem de CPI, pois minha mãe que não é advogada e pouco sabe a respeito de uma Comissão Parlamentar de Inquérito me perguntou por que razão irei depor? Que é que eu fiz?

Uma Comissão Parlamentar de Inquérito serve para apurar fatos. Não sou ré, tampouco testemunha, posto que nada testemunhei, mas sou parte interessada e hoje no dia dedicado ao Funcionário Público me sentei frente ao computador para esclarecer aos meus leitores e aos meus colegas servidores públicos que ao contrário do que disse o vereador João Lange, na última sessão da Câmara, num pronunciamento esdrúxulo, (afirmando que nós não poderemos resgatar o dinheiro que, supostamente, desapareceu dos cofres de nossa previdência, pois o que passou, passou, além do que o valor é tão alto que daria para comprar muitas cestas básicas) que o mesmo está enganado, pois podemos sim ver a restituição do dinheiro do PREVIPORÃ, é isso o que primordialmente queremos.

Nós servidores públicos não queremos punir ninguém, a Justiça fará a parte punitiva. Nós servidores públicos queremos o nosso dinheiro de volta e é possível resgatá-lo, basta que cada um faça a sua parte e que se coloque pelo menos uma vez em nosso lugar. São muitos anos dedicados ao serviço público e contamos com esse dinheiro para nossa velhice. Achem os culpados, bloqueiem suas contas bancárias e tornem indisponíveis seus bens, depois levem a hasta pública e com o produto resultante da venda no leilão, nos devolvam nosso dinheiro, porque não queremos servir de mártires. Mártires não somos. Não queremos servir de acusadores, porque também não somos. Não queremos servir para produto de marketing de vereadores, queremos apenas continuar nossa vida servindo à população, como a palavra que nos designa já diz
Servindo a Dor Pública.

* Advogada filiada à ANPM (Associação Nacional dos Procuradores Municipais), articulista do Jornal da Praça e Funcionária Pública Municipal admitida por intermédio de concurso público de provas e títulos. Email: elizjpp@hotmail.com e elizsaldanha@terra.com.br

Orgulho em ser advogada

"Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advogado. Nelas se encerra, para ele, a síntese de todos os mandamentos. Não desertar a justiça, nem cortejá-la. Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes contra aqueles. Não servir sem independência à justiça, nem quebrar da verdade ante o poder. Não colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniqüidade ou imoralidade. Não se subtrair à defesa das causas impopulares, nem à das perigosas, quando justas. Onde for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial. Não proceder, nas consultas, senão com a imparcialidade real do juiz nas sentenças. Não fazer da banca balcão, ou da ciência mercatura. Não ser baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis. Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade. Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem."


Trecho do discurso de paraninfo "Oração aos Moços" de Rui Barbosa.

Inocêncio Rodrigues - Um exemplo de vida


O escritor Inocêncio Rodrigues, é natural de Amambaí, mas atualmente reside em Campo Grande, onde se dedica a escrever, casado há 55 anos com a pedagoga Nadyr Nunes Rodrigues, com quem tem quatro filhos; Márcia e Sandra que também seguiram os caminhos dos pais são pedagogas. Rosana, que se dedicou à área de saúde pública e o biólogo Rinaldo. Inocêncio e Nadyr têm 11 netos e 04 bisnetos que são sua alegria de viver. Sócio fundador do Rotary Club de Amambai residiu em Ponta Porã no período em que Ponta Porã a capital do Território Federal com o mesmo nome. Ele nos contou que em setembro de 1943, o Presidente Vargas baixou o Decreto 5.812, criando novos Territórios Federais no país, entre os quais estava o de Ponta Porã. O novo Território, destacado do extremo sul do antigo Estado, na fronteira com a República do Paraguai, era integrado pelos Municípios mato-grossenses de Ponta Porã, Dourados, Bela Vista, Porto Murtinho, Maracaju, Miranda e Nioaque e Vila União, hoje Amambai. Sua Capital era a nossa cidade.

Em sua justificativa para a criação dos novos Territórios, declarou o Presidente Vargas:

"Não nos impede outro imperialismo que não seja o de crescemos dentro dos nossos limites territoriais para fazer coincidir as fronteiras econômicas com as fronteiras políticas. O escasso povoamento de algumas regiões fronteiriças representa, de longo tempo, motivo de preocupação para os brasileiros. Dai a idéia de transformá-la em Territórios Nacionais, sob a administração direta do Governo Federal. O programa de organização de desenvolvimento desses territórios resume-se em poucas palavras: "sanear, educar, povoar." eis a finalidade da criação dos Territórios Nacionais".

O Diretor do Colégio Osvaldo Cruz em Campo Grande/MT, recebeu uma carta do então Governador Cel. Ramiro Fernando de Noronha para que indicasse o melhor aluno em contabilidade que se formava naquele ano (1943) e que, de preferência solteiro pudesse residir na Capital do Território, ocupando o cargo de 1º Secretário de Governo.

Foi assim, que Inocêncio Rodrigues com 20 anos, assumiu seu primeiro cargo público, e faz questão de afirmar que sua indicação se deu por méritos próprios, estudo constante e metas definidas. Residindo aqui até 1946, quando o Território foi extinto, o governador era o pontaporanense Dr. José Alves de Albuquerque.

Em 1946 ao retornar para Amambai, Inocêncio recebeu a incumbência de instalar a Coletoria de Rendas e exerceu a função de exator durante 05 anos, naquela época a cidade deixava de ser Distrito de Ponta Porã e passou a Município, assim o Governador do Estado nomeou um Prefeito interino para a organização da prefeitura, do qual foi o primeiro Secretario de Governo. Com o advento da eleição para escolha do primeiro prefeito e de vereadores, candidatou-se vereador pela UDN, naquela época vereador não recebia remuneração, com a extinção da UDN, foi reeleito pela ARENA, outro partido de direita.

Enquanto vereador lecionava contabilidade no Colégio Dom Aquino Correa, até ser nomeado diretor do Colégio Dr. Fernando Correa da Costa, sempre na vizinha cidade, onde residiam seus pais; Rosalino e Filomena Rodrigues.

Já casado com seu eterno amor, Nadyr Nunes Rodrigues, retornou a Ponta Porã atendendo ao honroso convite do Prefeito João Portela Freire, onde exerceu na Prefeitura Municipal a função de auxiliar de contabilidade, equivale hoje ao cargo em comissão de assessor, sob as ordens do Sr. Vinicius Soares do Nascimento.
Sentia-me em casa novamente, reencontrei amigos, como Nicandro de Campos (pai do Tabelião Olegário Campos); Geraldo Ribeiro; Lurdes Brandão, Dr. José Issa; os irmãos Elpídio e Hélio Pelluffo, Aral Moreira e tantos outros que, somente por sua insistência nominei alguns, porque me preocupo de não citar outros tantos amigos que lá deixei e tantos outros que já nos deixaram”.

Deixei Ponta Porã pela necessidade de propiciar escolaridade em nível superior e aqui durante quatro anos fui diretor da escola Frederico Lieberman”

Inocêncio Rodrigues lecionou em vários colégios da capital e somente se aposentou depois de 57 anos de serviços prestados a educação e a cultura, mas mesmo depois de aposentado seguiu trabalhando como assessor do Senador Antonio Mendes Canale e dos amigos Wilson Barbosa Martins e José Fragelli.


Indagado sobre seus ex-alunos, respondeu que todos os seus foram ótimos, mas sempre alguns se destacam pelo amor verdadeiro aos estudos e citou alguns nomes; Luiz Carlos Saldanha, juiz aposentado; José Luis Tobias, atual vice-prefeito de Amambaí e Zenóbio dos Santos. “ O Luiz Carlos, trabalhava no Cartório do 2º Ofício e cursava a Escola Técnica do Comércio no período noturno, foi vereador em Amambaí, mas preferiu seguir a carreira jurídica; O José Luis também sempre foi muito estudioso e hoje é vice-prefeito de Amambaí; o Zenóbio Neves dos Santos era como os outros dois um “menino de ouro”, dedicado aos estudos e cordial no tratamento com as pessoas, foi vereador em Amambaí por três vezes consecutivas e Deputado Estadual por duas vezes, carreou muitos benefícios para a sua cidade natal que é Amambai.”

Autor do livro; “Os pioneiros de Amambaí” e com outra obra já pronta para edição “Causas, Lendas e Histórias”, que será brevemente lançado, aos 82 anos, e com muita lucidez, nos deu a receita para manter a cabeça boa, é a leitura diária dos jornais e pelo menos 04 livros por mês. Atualmente esta lendo “A esfinge”. Inocêncio Rodrigues reafirma que com perseverança e leitura constante e muito estudo, nada é impossível.

JUIZ FEDERAL ODILON DE OLIVEIRA
“Desejo que Ponta Porã seja próspera.”
19 de fevereiro de 2005

Pessoas idealistas não são necessariamente sonhadoras. Mas sim, pessoas que colocam em prática o que pretendem, através de um trabalho tão exaustivo que pode beirar à perfeição e isso acaba refletindo em toda uma sociedade. Quando fomos entrevistar o Juiz Odilon de Oliveira, pensamos que seriamos recebidos por uma pessoa arrogante, pelo contrário, o entrevistado desta semana é um homem bastante polido, simples nas palavras e complexo nos pensamentos, crê que a prisão não regenera um individuo e insiste que as chamadas “mulas” (pessoas que transportam a droga para os traficantes) são na grande maioria pessoas excluidas pela sociedade, “vitimas do flagelo social”. Por alguma razão criou-se em torno desse Magistrado uma aura de mistério, uma espécie de ambiente psicológico bom para alguns e ruim para outros. A verdade é que se trata simplesmente de um homem, de aparência mais jovial que os seus 56 anos, de coragem para por em prática suas idéias, um Juiz conhecido internacionalmente pela luta que trava contra a criminalidade e que prolata sentenças comentadas em todos os lugares devido a exasperação das penas. Um funcionário público consciente de suas funções, sabe que suas decisões embora não sejam imutáveis, dificilmente são modificadas pelos Tribunais Superiores, e que passando ao estado de coisa julgada, o dever que o Estado (governo) lhe conferiu de aplicar a Justiça, foi amplamente cumprido. A entrevista foi realizada na sede da Justiça Federal, leia os trechos que seguem:

Eliz: A extradição, que é a entrega de pessoas, acusadas ou condenadas por crimes em um determinado país que a solicita, se trata de um ato de cooperação internacional. Como o Senhor bem sabe, Brasil e Paraguai possuem o Tratado, assinado em 24 de fevereiro de 1922 e promulgado pelo Decreto 16.925 de 26 de maio de 1925. O Paraguai tem obedecido a esse Tratado, ou seja, entrega os brasileiros para que sejam julgados no Brasil?

Dr. Odilon: Na prática, o tratado de extradição entre o Brasil e o Paraguai, assinado em 1922, sempre foi letra morta. Recentemente, as autoridades paraguais passaram a cooperar com o Brasil, até além do esperado. Esse aquecimento decorre de contatos pessoais entre as autoridades dos dois países, principalmente após a instalação da vara federal de Ponta Porã. Pelo menos de uns cinco anos para cá, o relacionamento entre a Polícia Federal brasileira e as autoridades policiais paraguaias já vem sendo muito bom. Exemplo disto estão nas operações conjuntas, já em número de doze, realizadas entre os dois países, citem-se, apenas, de 04 meses para cá, a realização de várias operações para prisões de brasileiros em território paraguaio, fugitivos da Justiça brasileira e paraguaios, alguns deles já extraditados para o Brasil. Projetando para o futuro o ritmo dessa colaboração, diversas outras operações, como medidas preparatórias de extradições, serão realizadas em 2005.

Eliz : De acordo com o estatuto do estrangeiro, independente de Tratados, o Brasil pode pedir a extradição de um brasileiro para qualquer outro país, ? Na prática, isso funciona?

Dr. Odilon: Sem tratado de extradição, ou seja, apenas com base no estatuto do estrangeiro, só funciona, na prática, se o Brasil oferecer reciprocidade e esta for aceita pelo país requerido (país onde se encontra a pessoa procurada pelo Brasil).

Eliz: O senhor não acha que essa cooperação internacional é utópica? Ou seja, que na verdade cada país está mais interessado nos seus próprios problemas e que para certos países da América Latina não “compensa” cooperar, entregando criminosos para serem julgados em seus países?

Dr. Odilon: A cooperação internacional para fins de extradição não é utopia. É uma atitude indispensável e uma consequência natural do fenômeno da globalização da criminalidade. Quando se trata de crime internacional, e isto ocorre, no âmbito federal, com quase todos os delitos de tráfico de drogas, de lavagem e crimes financeiros, os interesses envolvidos pertencem a mais de um país. Decorrentemente, todos sendo interessados no combate à criminalidade transnacional, nenhum país sério deixará de cooperar em matéria de extradição. É claro que cada país adota uma maneira propria de organização política, econômica e social. Todavia, a globalização, que se materializa na mobilização do ser humano, de seus bens e interesses, principalmente econômicos, elege a cooperação internacional, em todos os sentidos, como conduta de sobrevivência. Isto até força a mudança de conceito de soberania, amoldando-a a feições que se enquadram no desempenho imposto pela globalização de todos os setores da atividade humana,inclusive da criminalidade.

Odilon de Oliveira fala sobre sentenças rigorosas


Eliz: Alguns comentam que suas sentenças são exageradamente rigorosas, às vezes aplicando penas de até 100 anos de reclusão. O Senhor também não acha que exagera nas penas?


Dr. Odilon: A justiça, no meu entender, sem pretender ser justiceiro, deve ser adequada à realidade em que atua. A reprimenda tem que levar em conta vários fatores, dentre eles as consequências do delito. Está escrito na lei penal que ela seja suficiente para a reprovação e prevenção do crime. Ninguém nega que o tráfico internacional de drogas, os crimes financeiros, a lavagem de dinheiro e a sonegação fiscal sejam nefastos para a sociedade. A reprimenda, em tais casos, tem que servir de efetiva reprovação. Logo, as penas por mim aplicadas nada têm de exagero.

Eliz: O Juiz Odilon é uma lenda vida. O senhor tem consciência disso?

Dr. Odilon: Não há nada de lenda. O juiz Odilon se limita a cumprir suas obrigações, e procura fazê-lo consciente de que a finalidade principal do Judiciário é pacificar o convívio social através da solução dos conflitos de interesses.

Eliz: Ponta Porã, eu nasci aqui, e fico triste quando falam mal da minha cidade, aliás, todo pontaporanense deseja que a cidade seja notícia também por coisas boas.O que o senhor deseja para Ponta Porã?

Dr. Odilon: Desejo para Ponta Porã muita prosperidade. Isto somente ocorre mediante um compromisso comum emanado das autoridades. Em síntese, cada um, cumprindo sua obrigação, fará o Município prosperar. Disto não está dissociado o meu desejo de me fixar definitivamente como juiz Federal em Ponta Porã.



Frases:
“A sociedade faz da vítima o que quer, os traficantes também fazem o querem das pessoas, se aproveitando da pobreza, da fome.”

“Cada um deve cumprir o seu dever. O Prefeito deve cumprir o seu dever, o Juiz deve cumprir o seu dever, assim Ponta Porã será próspera.”

“Sei que a Justiça Federal em Ponta Porã tem agradado as pessoas de bem e desagradado as pessoas que não estão não estão do lado do bem.”

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