14 novembro, 2008

Ser voluntário é ser divino, é ser humano é ser ninguém.

Abraçar uma causa é abraçar a si mesmo, para que com a realização do outro, a gente se realize também.

O voluntário pode ser grande, pode ser pequeno, pode ser relapso pois em suas mãos está o livre arbítrio. É ser ou não ser, é deixar o coração levar para qualquer caminho, é poder voar, errar e quando se arrepender é poder voltar.

A divindade do voluntário reside no fato de que se torna anjo para àqueles cuja esperança há muito se esvaiu. Homem e mulher comum, pecador e pecadora que num momento supremo é elevado ao grau de santidade.

Meu Deus! Quanto inversão. Sou o anjo desses anjos sou a santa desses santos, sou a esperança desses excluídos, mesmo sendo humana, mesmo sendo ninguém.

Me entristece quando olho para trás, foram tantas vezes que me omiti ao receber o chamado, estava envolvida somente comigo e com a necessidade do anonimato. Essa resistência em aparecer, essa insuportável leveza do ser. Ao Ser Superior sempre pedi apenas e tão somente a liberdade de ser feliz.

E durante muito tempo permaneci preocupada com o que achavam de mim, sobre o que pensavam ao meu respeito. Mas com o GAPP aprendi que pouco importa o que os outros acham de mim, o amor daqueles que pouco amor receberam nesta vida, é que me importa.

Sei que a minha vida, a tua vida, a nossa vida é efêmera, por isso nada mais me preocupa.

E hoje, ao receber este convite me redescobri. O que passou passou, e recebi neste dia, a oportunidade diária que só o amor dá. A oportunidade de recomeçar.


ELIZ SALDANHA


Nenhum comentário:

Pesquisa personalizada