27 outubro, 2005

FALANDO SÉRIO - MAS MUITO SÉRIO MESMO

Ponta Porã

Linda, linda com quase cem anos é uma cidade considerada sui generis, está no esplendor de sua vaidade, e nós pontaporanenses recebemos com orgulho todos os elogios, desde as podas das arvores, às bolas reluzentes e o colorido dos ipês, até o carinho que dedicamos aos nossos irmãos paraguaios. Sendo assim, sempre senti que a linha imaginária que separa o Brasil do Paraguai, é mesmo fruto da imaginação dos Governos e que são Pedro Juan e Ponta Porã uma única cidade.

Logicamente

Que nem tudo são flores, como nas rotatórias coloridas e primaveris. Temos sim os nossos problemas. Mas quem nasce aqui costuma defender a terrinha, nem que os argumentos sejam indefensáveis.

Quer um exemplo?

Domingo passado levei uma amiga e seu filho à rodoviária, o Paulo Henrique, guri de 08 anos, ele me perguntou por que desde o ano passado existe uma plaquinha no semáforo do cruzamento quase em frente a rodoviária com a seguinte inscrição: “semáforo com defeito”, perguntou ainda se em vez disso não seria melhor concertá-lo ou então arrancá-lo de la?

Como toda criança é esperta

Expliquei da seguinte maneira: Sabe Paulinho, aos pontaporanenses sempre são mostradas duas portas e neles existem placas iguais a do semáforo, numa está escrito: Cidade com defeito, vá embora e noutra está escrito: Fique, lute, estude e trabalhe, defenda sempre tua cidade, aprenda o guarani e sinta a felicidade de nascer aqui.

E daí?

Oras, e daí que eu escolhi a porta com a placa maior, me chamou mais atenção, já a placa no semáforo indicando a mais de um ano que ele está com defeito não deve ser levada em consideração, pois mesmo danificado o semáforo está ali para alertar os motoristas mais afoitos sobre o perigo em atravessar o cruzamento sem olhar para os dois lados. Creio que consegui defender o indefensável, fazer o quê? A vida é mesmo assim. Somos donos de nossas escolhas.
Já passei raiva
Quando disseram que o Paraguai é o País mais corrupto do Mundo. Mentira. Corrupção existe em todo lugar, e não gostamos que falem mal do Paraguai pois até quem é filho único como eu desde cedo aprende que pontaporanense e predrojuanino são irmãos. E na terra natal do meu avô Jarita, (farmacêutico paraguaio, que dedicou toda a vida a atender brasileiros e paraguaios), até pode ser que exista corrupção, mas aqui no Brasil também há.

José Dirceu

E seus “Delúbios”, além de corruptos, mentem descaradamente. E a verdade é lógica, é algo aritmético, a verdade pode ser provada através das ciências exatas.

Quer outro exemplo?

Júlio Capellu,o prefeito de Pedro Juan Caballero/PY, em entrevista concedida ao radialista Tião Prado, em seu programa diário na RÁDIO PONTA PORÃ AM, às 11h da quarta-feira passada, afirmou que o Governo brasileiro não pode deixar de atender os paraguaios no Hospital Regional Dr. José de Simone Neto, pois se trata de uma promessa de campanha do nosso prefeito.

Capellu não mentiu

Ao afirmar que residem em Pedro Juan Caballero, 7 mil votantes, e que os mesmos decidem uma eleição. Não mentiu, por questões comprovadamente aritméticas, falou a verdade em números. Pois de acordo com fontes do TRE, em 03 de outubro de 2004, Ponta Porã contava com 45.562 eleitores e compareceram para votar 38.556, ou seja, 82,81% dos eleitores.


Segundo o prefeito de Pedro Juan Caballero, votaram, nas eleições do ano passado, 7 mil pessoas residentes naquela cidade, o que significa um número de 31,556 eleitores residentes em Ponta Porã ou com domicilio nesta cidade.

Passado um ano, de acordo com o TER de Mato Grosso do Sul, Ponta Porã conta com 46,942 eleitores, ou seja, aumentaram 1.390 novos eleitores que somados aos 31.556 brasileiros residentes no Brasil, se atinge o número de 32,936 brasileiros.

E daí?


E daí que no referendo, de acordo com fontes do TRE, compareceram para votar apenas 33,280 eleitores, ou seja, 70,90% do total de eleitores, o que significa que dos 7 mil votantes citados pelo alcaide paraguaio, apenas 244 se interessaram pelo nosso problema com o desarmamento.

Revendo Conceitos

Como cidadã, advogada e colunista defendi o NÃO. E ganhamos de lavada, mas o intendente Júlio Capellu bem que poderia ter feito um trabalho de conscientização com os tais 7 mil votantes, pois se eles decidem uma eleição e porisso temos um compromisso com eles, então seria de bom alvitre que nos ajudassem a decidir pelo SI ou pelo NO.

Com a palavra a Justiça Eleitoral, pois acabou o referendo, está na hora de todos falarmos sério.





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