20 dezembro, 2005

FALANDO SÉRIO.

Certa vez
Ainda criança fui obrigada a ler “Março” quase uma ode ao General Geisel. Péssima leitura, não recomendo. Mas li “Che Guevara” e “Neruda”, então, meu pai sargento do exército passou a me chamar de pequena subversiva.

O tempo passou
Veio a abertura política, trazendo com ela a anistia aos exilados, a liberdade de expressão e vários outros princípios consagrados pela Constituição Federal.

E de todas as policias, a Federal sempre foi mais respeitada, composta por agentes de elite combatendo fortemente os crimes de tráfico, evasão de divisas e mais recentemente a pirataria.

Legado
Da era militar, o Exercito hoje em dia participa ativamente de ações sociais, “braço forte, mão amiga” talvez como forma de redenção pela época ditatorial, seja como for, os militares respeitam e auxiliam os civis. Muito bom.

Lamentável
Portanto realmente é lamentável o triste episódio ocorrido no fim-de-semana em uma danceteria da cidade, quando agentes federais digladiaram entre si, além de agredir um civil e sua esposa. Tudo isso diante de dezenas de civis.

Informaram-nos que os brigões bateram ainda em um tenente do exército, cidadão honrado e cumpridor de seus deveres que ao ver o espancamento, optou por intervir. Resultado. O militar acabou apanhando também.

Levou uma coronhada no rosto e seu agressor, completamente descontrolado, chegou a perder a pistola, e, como se acometido de delírios persecutórios passou a procurar a tal arma dentro dos veículos que ali estacionavam.

Perguntamos
O que leva esses homens que deveriam nos proteger a se tornarem agressores, batendo em senhoras da sociedade e agredindo oficiais do exército?

Há 30 anos
Esses subversivos já estariam nos porões do DOI/CODI. Mas hoje em dia um pedido de desculpas encerrou o caso.

Há 36 anos
Uma gurizada se reunia ali na Duque de Caxias para jogar bola em um terreno sob a fiscalização da proprietária D. Yolanda Tavares (já falecida). Era o denominado “campinho das quatro mangueiras”

Entre os assíduos freqüentadores do campo de futebol estavam Flávio Kayatt, Luis Catarino, Henrique Grion Filho, Vargas, Ézio, Joca Caimare, Luiz Tarlei e seu irmão Bilo, Edgar Peixoto (Degue), Lúcio Prado, Celso Provenzano, Lúcio de Souza, Augusto Bueno de Oliveira, João Franco, Pedro Radeke, Sazão, Joãozinho Tavares e os saudosos Fábio Kayatt e Juninho Tavares.
Faltas violentas
Eram cometidas pelos guris, após isso, vinha um pedido de desculpa e tudo ficava resolvido, mas os hematomas e as dores permaneciam naqueles que sofriam as faltas.

Exemplo a ser seguido
Dona Yolanda resolveu providenciar uma reunião entre as equipes e ficou decidido que os pedidos de desculpas seriam banidos da regra do “campinho quatro mangueiras”, pelo menos no campinho que ficava no terreno de D. Yolanda. Não bater para não ter que pedir desculpas.

Foi a solução
Nada de faltas violentas, porque é muito melhor não bater, não agredir para não passar o constrangimento de ter a cara-de-pau de simplesmente pedir desculpas. Aquele gesto serviu de exemplo para a vida, pois aqueles guris, hoje em dia são todos homens de bem. Essa é a regra do jogo da vida. PAZ

Mudando de assunto
Sábado passado o Comandante da Base da Policia Rodoviária Estadual, Sgto Marcílio Dias, recebeu muitos amigos para a confraternização anual pré-natalina. O churrasco foi no Clube Social São Luiz, naquele distrito.

Causos
Lá mesmo no São Luiz conversei com Lourival Quinzani, Juca Both e Gilmar Corbari, este último jurou ser meu leitor de carteirinha.

Conversa vai, conversa vem, o Juca pediu auxilio logístico ao Corbari para uma festa da comunidade, de imediato o gaúcho não se fez de rogado e além da ajuda, doou também uma novilha.

Porém, como mais tarde fiquei sabendo que o Corbari é campeão em contos de “causos gauchescos” optamos, Juca Both, Lourival Quinzani e eu em formalizar a doação, tornando pública através desta coluna que será anexada no quadro de avisos daquele clube.

Lindo, Lindo
O Paço Municipal. Agora sim a CASA está reformada, arrumada, limpa e decorada. Só falta arrumar o problema dos moradores da casa (os servidores públicos de carreira), através de um salário digno, nada de barriga vazia. O contrário seria viver de aparência como tantos.

Sabemos que o dinheiro da reforma provém de um empréstimo bem antigo contraído do Banco Mundial e que só não foi utilizado anteriormente por pura incompetência e que qualquer reposição salarial com esse dinheiro caracterizaria desvio de finalidade.

Embora (conforme nos informaram) a reposição salarial tenha feito parte do orçamento do ano anterior, não foi utilizada.

Outras fontes nos disseram que apartir do próximo ano, nosso Prefeito estará investindo nos bairros, com muito verde e áreas de lazer para a juventude, depois obras, e nós ficaremos com nossa reposição salarial para o ultimo ano de seu mandato.

Não quero acreditar nessa fonte de informação, porque tenho certeza absoluta que o Prefeito Flávio Kayatt sonha e realizará a valorização dos “moradores da casa” que ele mesmo arrumou.

Agradecimentos

Esta é a ultima coluna do ano, mas em breve estaremos de volta trazendo noticias locais. Desejo um feliz natal e próspero ano novo a todos os pontaporanenses, em especial ao pessoal do Jornal da Praça, do qual continuarei sendo colaboradora e que me acolheu com carinho. Aos meus colegas, funcionários públicos que este ano não pude trocar presentes de amigo secreto, do fundo coração desejo muita paz e prosperidade. Em especial para o leitor Valdemir Almino, Dr. Mauricio Cândia, Tenente Coronel Rogério Gomes da Costa e Heloisa Helena, minha amiga da vida inteira Lurdes do Amaral e Luiz do Amaral, Fernando Pereira, Rose Olmedo, Bento Marques e Dorilio Soares de Aral Moreira, Karen e Flávio Guimarães, Ana Lucia Mangine, Júlia Aparecida de Lima, Prefeito de Antonio João Junei Marques, João Baptista Pissini e Francisca, Nelson de Simone, João de Souza, Dr. Hindo, Osmar de Mattos, Ezzat Georges, Álvaro Soares e Maristela e tantas outras pessoas maravilhosas. Vou parando por aqui, pois o Zadir me disse que não caberão todos na coluna. Mas cabem no Coração. Obrigada.

Nenhum comentário:

Pesquisa personalizada