Era década de sessenta, o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 1990) ainda nem estava no mundo das leis.
Contou-me o Joãozinho, segundo ele aluno muito comportado, que numa escola da cidade, lecionava uma professora famosa pela rigidez e pelo autoritarismo, mas criança é criança, a professora gritava e os “guris” nem ligavam. Ela ameaçou dizendo: - Se não se comportarem vão levar este apagador na cabeça. Pois bem, a bagunça continuou e o que fez a professora? Virou-se repentinamente e num gesto aterrorizante, atirou o apagador que saracoteou no ar e foi de encontro à testa do melhor aluno da sala e coincidentemente sobrinho da professora.
No final tudo acabou bem, os bagunceiros levaram alguns dias de suspensão, a vítima alguns pontos na testa e entre mortos e feridos salvaram-se todos.
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LEI – EIS A QUESTÃO.
Todos sabem que as Leis e as decisões políticas às vezes se distanciam umas das outras. Isso nos fez lembrar de um recente fato quando esta humilde advogada recebeu de um engenheiro a risível crítica que segue: “Vocês operadores do direito são engraçados (?), estudam tanto, escrevem tanto, citam grandes Mestres, transcrevem artigos de leis, pra que? Se não são obedecidos?”
LEI – EIS A RESPOSTA.
Respiramos fundo e contamos até três, lembrando que sempre “castigat ridendo mores” é rindo que se castiga os mouros, então respondemos: “O advogado não deve ser obedecido, apenas emite uma opinião, subjetiva às vezes, mas sempre amparada pela Legislação, para o advogado a Lei é que deve ser obedecida pelos cidadãos pois está no próprio Dicionário Aurélio: “Lei é regra de direito ditada pela autoridade estatal e tornada obrigatória para manter numa comunidade, a ordem e o desenvolvimento”.Já para alguns ‘LEI É SÓ O MALIDO DA LAINHA’. Fala sério!
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O JUIZ E O PREFEITO
Conta a lenda que no passado não muito distante um Magistrado em visita ao Paço Municipal (Prefeitura) resolveu se dirigir ao gabinete do Prefeito e ao cumprimenta-lo foi fotografado pela retratista oficial. No dia seguinte foi manchete de jornal “Magistrado parabeniza prefeito e aprova a excelente administração”. Não era verdade, e o Juiz nunca mais foi na Prefeitura e nem se deixou fotografar ao lado do Prefeito nas solenidades. O alcaide nem se desculpou se limitando a responsabilizar sua assessoria de imprensa pela gafe.
O VEREADOR E O PREFEITO
Tá certo que o jornalista pode ser assessor de imprensa, mas nem sempre o assessor de imprensa é jornalista, aliás, é mais um publicitário do que alguém comprometido seriamente com a verdade. Não deveria ter usado um Magistrado para fazer propaganda do Prefeito.Já um vereador, é diferente, como agente político deve ter compromisso com o povo que o elegeu, se andar falando que só tem compromisso com grupos políticos, seu futuro, pode prever, é o eterno ostracismo.Fala Sério!
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GETULIO GUARDIÃO DA CONSTITUIÇÃO
Era o final do governo Dutra e Getúlio havia sido eleito Presidente, o General Estilac Leal deu entrevista defendendo a posse. Dutra mandou prende-lo. A filha de Vargas, Alzirinha procurou Vitorino Freire: - O Dutra não quer dar a posse ao patrão (ela chamava Getúlio assim). Prendeu Estilac porque ele quer a posse.Vitorino foi a Dutra:- Por que o senhor Prendeu o General Estilac?-Porque quer dar posse ao Getulio.- O Senhor é contra a posse?- Claro que não, tanto que prendi também o coronel comandante da cavalaria no Rio Grande do Sul, porque não querer dar a posse.
Prendo quem quiser dar posse e prendo quem não quiser. Quem dá posse é a Constituição. E eu, que sou o encarregado de cuidar dela. FALA SÉRIO!
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O CORONEL QUE QUERIA SER VEREADOR
Conta a lenda que um famoso coronel da Policia Militar, comandante de um grupo especial da policia, resolveu certo dia se candidatar a vereador.
Encheu o carro de bonés e se dirigiu a um bairro afastado para fazer campanha corpo-a-corpo com o eleitorado.
Ao chegar em um bar, no famoso bairro cachoeirinha, o candidato apontou o dedo para cada um dos que lá estavam a fim de saber quantos eram para poder distribuir os brindes.
Eram sete ou mais pessoas. Ao retornar do carro com os bonés, o coronel levou um susto danado, o bar estava vazio, todos fugiram pela porta dos fundos.
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O DIA EM QUE BENTO MARQUES DEU UMA LIÇÃO DE POLÍTICA EM RACHID SALDANHA DERZI
Era década de 80 e Bento Marques conseguiu através de seus contatos na Capital que um doente se hospedasse na pensão do Zequinha em frente ao Hospital Universitário, iniciou-se o tratamento mas o doente só piorava e acabou sendo hospitalizado, posteriormente veio a óbito.
Como em Aral Moreira quase todo mundo era parente, vieram dezenas de pessoas pedir que o Bento providenciasse o traslado do corpo para ser sepultado em Aral Moreira.Sem pestanejar, Bento Marques pegou o telefone e ligou para o correligionário, então Senador da República o pontaporanense Rachid Saldanha Derzi que lhe respondeu: - Ô Bento, o homem já morreu, não vota mais, pra que avião?Bento Marques, homem inteligente e, sobretudo, humano, retrucou o amigo dizendo:- O defunto já morreu, mas a família dele não e eram todos seus eleitores.
Desligou o telefone e ligou para a Assembléia Legislativa pedindo o avião para o Deputado Ayres Marques que prontamente atendeu o amigo e despachou o defunto. Meses depois Bento e Rachid se encontraram numa festa e Rachid teve que reconhecer: - É Bento, pensei que sabia tudo de política, mas você me deu uma grande lição! Fala Sério.
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